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Pais relativizam 'rankings'. "A escola é muito mais" do que exames

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) entende que as escolas são "muito mais" do que o resultado dos exames nacionais e defende que os 'rankings' divulgados hoje devem ser lidos de forma relativa.

Pais relativizam 'rankings'. "A escola é muito mais" do que exames
Notícias ao Minuto

00:09 - 12/07/24 por Lusa

País Exames

"A escola é muito mais do que o resultado de um exame. Os exames condicionam o acesso ao ensino superior e, por isso, também condicionam o ensino secundário, mas não são tão importantes no desempenho global do aluno e da pessoa que estamos a formar", disse a presidente da Confap.

 

Em reação à divulgação dos 'rankings' das melhores médias nos exames, divulgados hoje e que voltam a colocar os colégios privados no topo das escolas, Mariana Carvalho disse que aquele é apenas um momento de avaliação, influenciado por vários fatores.

"Significa que naquelas escolas houve uma melhor classificação e uma melhor resposta aos exames. Não significa melhores escolas, nem que esteja a formar melhores pessoas", sublinhou.

A propósito da comparação entre os colégios privados e as escolas públicas, Mariana Carvalho argumenta são contextos muito diferentes.

Além do contexto socioeconómico dos alunos e das famílias, que influencia, por exemplo, a possibilidade de os jovens terem explicações extra ou o apoio dos pais em casa, a representante dos encarregados de educação entende que alguns colégios trabalham especificamente para os bons resultados nos exames.

"Conseguimos perceber que há determinadas escolas que treinam os alunos para o resultado dos exames, não significando isso que aqueles alunos tenham depois melhores resultados a outros níveis", disse.

Nos 'rankings' divulgados hoje, as escolas privadas continuam a liderar as tabelas que têm por base a média nos exames nacionais, mas a distância entre colégios e escolas públicas voltou a diminuir este ano.

São também cada vez menos os alunos que chumbam, um problema que continua a ser mais sentido entre os jovens de famílias mais desfavorecidas.

Apesar de os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação já permitirem analisar o percurso dos alunos ao longo dos anos, assim como comparar resultados de estudantes de meios socioeconómicos semelhantes, existem ainda muitos fatores por considerar, como a falta de professores nas escolas ou a possibilidade de os alunos terem ou não explicações.

Leia Também: Secundário. Maioria das escolas melhorou resultados e só 5,6% "chumbaram"

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