ERS abre processo de avaliação a caso de mulher com feto nas Caldas
ERS vai cooperar com IGAS, que já tinha aberto um processo de inquérito ao caso.
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País ERS
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) anunciou, esta terça-feira, que "instaurou um processo de avaliação" ao caso da mulher que sofreu um aborto espontâneo e a quem terá sido recusada assistência no Hospital das Caldas da Rainha, no dia de ontem.
Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a ERS refere que irá cooperar com a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) "na investigação deste caso".
De notar que já tinha sido conhecido, no dia de ontem, que a IGAS havia aberto um processo de inquérito aos factos relacionados com a assistência prestada à utente na unidade hospitalar de Caldas da Rainha, integrada na Unidade Local de Saúde do Oeste, E.P.E..
Ambas as entidades recordam que, em junho de 2022, a IGAS tinha realizado uma inspeção às circunstâncias envolvidas na assistência de urgência a uma mulher grávida em trabalho de parto nesta mesma unidade hospitalar, no âmbito do qual foram emitidas cinco recomendações, "quatro das quais foram dirigidas ao então Centro Hospitalar do Oeste, E.P.E.". O "processo foi concluído em maio de 2023, tendo o órgão de gestão do estabelecimento apresentado evidências do acolhimento das quatro recomendações que lhe foram dirigidas", frisam.
Questionada hoje pela agência Lusa, a administração da ULS Oeste "não confirmou a abertura de processo de inquérito interno".
Recorde-se que, no caso ocorrido na segunda-feira, a mulher, com hemorragias após sofrer um aborto espontâneo, viu negada a assistência no hospital de Caldas da Rainha, cuja urgência obstétrica estava encerrada, e apenas foi atendida após insistência do CODU e dos bombeiros, disse o comandante da corporação. A mulher estava à porta do hospital, a perder sangue e com o feto num saco.
O caso foi inicialmente revelado pela TVI. Em comunicado, a Unidade Local de Saúde (ULS) Oeste confirmou que a urgência de ginecologia e obstetrícia de Caldas da Rainha "não estava a funcionar", mas negou que a unidade hospitalar tenha recusado atender a utente.
Confrontado com este esclarecimento, o comandante da corporação dos bombeiros de Caldas da Rainha acusou a ULS Oeste de "faltar à verdade".
[Notícia atualizada às 17h30]
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