Aviões pedidos por Portugal à União Europeia chegam hoje à Madeira
Os dois aviões Canadair de combate a incêndios pedidos pelo Governo português à União Europeia (UE), no âmbito da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegam hoje à Madeira, anunciou o comissário europeu para a Gestão de Crises.
© Alejandro Martinez Velez/Europa Press via Getty Images
País Madeira
"Em resposta ao pedido de assistência de Portugal para combater os fortes incêndios florestais na Madeira desde ontem [quarta-feira] à noite, estamos a coordenar o envio de dois aviões de combate a incêndios da reserva estratégica da UE em Espanha", anunciou o comissário europeu Janez Lenarcic, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
"Os aviões chegarão à Madeira hoje", adiantou o responsável.
A informação surge um dia depois de o Governo ter anunciado que iria ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, no âmbito do qual existe uma reserva estratégica de meios, para que possam ser enviados dois aviões de combate a fogos Canadair para ajudar no combate ao incêndio que lavra há oito dias na Madeira.
In response to Portugal's request for assistance in combating heavy #wildfires in #Madeira from yesterday evening, we are coordinating the deployment of two #rescEU firefighting planes from Spain.
— Janez Lenarčič (@JanezLenarcic) August 22, 2024
The planes will reach Madeira shortly today.
🇵🇹🇪🇸🇪🇺 #EUCivilProtectionMechanism pic.twitter.com/bg6VzpVbzx
O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
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