Fogo reacendeu na Ponta do Sol, mas "populações continuam seguras"
A coordenadora do Serviço da Proteção Civil municipal deu conta de que houve um reforço de meios para combater o reacendimento, estando no local cerca de 100 operacionais.
© Lusa
País Madeira
Face ao reacendimento do incêndio na Lombada da Ponta do Sol, na Madeira, a coordenadora do Serviço da Proteção Civil municipal, Cláudia Dias Ferreira, salientou, este sábado, que as "populações continuam seguras", não havendo "qualquer indicação de evacuação das habitações".
A responsável deu conta de que houve um reforço de meios para combater o reacendimento, estando no local cerca de 100 operacionais.
Sublinhou, contudo, que o incêndio "não progrediu" e que o "vento também baixou de intensidade, pelo que o fogo perdeu força".
Nessa linha, Cláudia Dias Ferreira assegurou que as "populações continuam seguras", não havendo indicações para retirada.
"Aqueles que querem, mantém-se em casa", disse, em declarações à imprensa.
Foi também criado um posto de apoio à população, no qual a comunidade poderá encontrar água e comida, ou abrigar-se quer por necessidade, quer por precaução.
Neste momento, "não é viável" combater as chamas com meios aéreos, uma vez que o fogo está a atravessar cabos de alta tensão, complementou.
"Todos nós desejamos fortemente que seja desta; não sei. Espero que sim", confessou a responsável.
Contactada pela Lusa, a presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Célia Pessegueiro, também confirmou que aquela área na Lombada "está sempre a arder", embora "às vezes sem chama visível" e explicou que o fogo ocorre numa encosta no topo da qual existem casas.
Recorde-se que, esta manhã, o comandante regional da Proteção Civil, António Nunes, disse à Lusa que o incêndio que lavrou na Madeira durante 11 dias estava controlado e em fase de rescaldo, ainda que tivesse ressalvado que poderiam ocorrer alguns pequenos reacendimentos "normais".
De acordo com o último balanço feito pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Copernicus), divulgado na sexta-feira à noite, a área ardida no incêndio rural que lavrou na ilha da Madeira atingiu nessa manhã os 5.045,8 hectares.
O incêndio deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
[Notícia atualizada às 17h05]
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