Queda de helicóptero é acidente mais grave neste tipo de operações
A amaragem hoje de um helicóptero de combate a incêndios florestais no rio Douro, no concelho de Lamego, distrito de Viseu, causou a morte a quatro dos seis ocupantes do aparelho, sendo dos mais graves neste tipo de operação.
© Global Imagens
País Incêndios
Um quinto militar da GNR da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC), que regressava de um combate a um incêndio em Baião, continua desaparecido e o piloto conseguiu sobreviver com ferimentos e foi hospitalizado.
De acordo com os dados disponíveis, este acidente é o mais grave e o que causou mais mortes envolvendo meios de combate aos incêndios.
Os dez acidentes com meios de combates aos incêndios registados em Portugal desde 2009 causaram a morte a quatro pilotos. O acidente de hoje, com um AS350 -- Écureuil, provocou quatro mortes e um desaparecido, prosseguindo as buscas para encontrar o corpo.
Cronologia dos principais acidentes e incidentes ocorridos com aeronaves de combate a incêndios desde 1 de janeiro de 2009:
2024:
30 agosto, Lamego, distrito de Viseu: Um helicóptero que amarou no rio Douro causou a morte a quatro militares da GNR/UEPS, que regressavam de um fogo no concelho de Baião, sendo que um quinto se encontra desaparecido.
2022:
07 julho, Foz Coa, distrito da Guarda: Um avião anfíbio "Fire Boss", de combate a incêndios, despenhou-se em Castelo Melhor, concelho de Foz Coa. O piloto morreu na queda do avião.
2020:
08 agosto, Lindoso, Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo: Um avião anfíbio pesado (Canadair CL215) que fazia parte do dispositivo de combate a incêndios rurais despenhou-se na zona do Lindoso, Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo, quando combatia um incêndio na Serra do Gerês, provocando um morto e um ferido grave. Em 21 de setembro, morreu o copiloto do avião envolvido neste acidente.
2019:
05 setembro, Sobrado, Valongo, distrito do Porto: Um helicóptero AS350-B2 colidiu com linhas elétricas e despenhou-se quando combatia um incêndio em Sobrado, Valongo, distrito do Porto, causando a morte ao piloto Noel Ferreira, de 36 anos, também piloto da Força Aérea e comandante dos Bombeiros Voluntários de Cete, em Paredes, distrito do Porto.
04 setembro, Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra: Um helicóptero ficou parcialmente destruído depois de cair durante a descolagem na Pampilhosa da Serra para combater um incêndio no distrito de Castelo Branco. O acidente deveu-se a um erro do piloto, que pensava estar a operar um modelo diferente daquele que realmente pilotava, concluiu Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
03 julho, barragem de Castelo de Bode: Um avião ligeiro de combate a incêndios ficou destruído quando abastecia água na barragem de Castelo de Bode. O acidente deveu-se ao facto de o piloto não ter recolhido o trem de aterragem, concluiu o GPIAAF.
2017:
20 agosto, Cabril, Castro Daire: Um helicóptero da empresa Everjets caiu, tendo provocado a morte ao piloto, em Cabril, Castro Daire, distrito de Viseu, quando combatia um incêndio florestal.
2015:
08 agosto, Arcos de Valdevez: Um helicóptero ligeiro de combate a incêndios despenhou-se quando regressava de um fogo em Miranda, Arcos de Valdevez, e duas pessoas ficaram feridas.
29 junho, Paços de Ferreira: Um helicóptero ligeiro da Proteção Civil caiu na localidade de Lamoso, concelho de Paços de Ferreira, quando estava a reabastecer-se de água numa lagoa para combater um incêndio naquela localidade, causando ferimentos ao piloto.
2012:
03 setembro, Ourém: A queda de um helicóptero de combate ao fogo junto ao parque de merendas de Espite, no concelho de Ourém, fez dois feridos ligeiros.
19 julho, Beja: Registada amaragem de um avião anfíbio, que participava no combate ao incêndio em Tavira na albufeira do Roxo, devido a uma falha técnica, sem causar vítimas.
2009:
12 agosto, Fundão: Um avião de combate a incêndios aterrou de emergência em Ferreiras, concelho de Fundão. Os dois tripulantes saíram ilesos.
Fontes: Agência Lusa e Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
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