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Augusto M. Seabra: Corpo segue para Salão Nobre do antigo Museu dos Coches

O corpo do programador e crítico Augusto M. Seabra, falecido esta madrugada aos 69 anos, segue sexta-feira pelas 15h00 para o Salão Nobre do antigo Museu dos Coches, em Lisboa, informou fonte próxima da família.

Augusto M. Seabra: Corpo segue para Salão Nobre do antigo Museu dos Coches
Notícias ao Minuto

22:32 - 05/09/24 por Lusa

País Óbito/Augusto M. Seabra

O funeral está previsto para as 15h00 de sábado no Centro Funerário de Barcarena, informou a mesma fonte.

 

Augusto M. Seabra morreu na madrugada de hoje, em Lisboa, aos 69 anos, vítima de várias complicações prolongadas de saúde.

Nascido a 09 de agosto de 1955, Augusto Manuel Seabra, formado em Sociologia, dedicou-se à crítica de música a partir de 1977 e também no cinema, tendo desenvolvido atividade em vários periódicos, nos quais foi colunista, além de se dedicar à programação.

Foi produtor executivo do Departamento de Programas Musicais da RTP e colaborador na conceção de espetáculos de teatro musical.

Crítico de artes com intervenção em várias outras áreas, Augusto M. Seabra "deixou marca indelével no espaço da crítica das artes em Portugal ao longo do último meio século, em particular da música e no cinema", segundo uma nota biográfica inscrita no 'site' da Cinemateca Portuguesa, entidade onde foi colaborador e à qual deixou a componente de cinema do seu espólio pessoal.

M. Seabra escreveu com regularidade desde o final dos anos 1970 para jornais como A Luta e o semanário Expresso, tendo ainda participado como júri de vários festivais internacionais de cinema, nomeadamente de Cannes e de San Sebastian, de Turim, Salónica e Taipé.

Foi programador do festival DocLisboa e consultor do Script Fund, do antigo programa Media da União Europeia.

Com José Nascimento, Augusto M. Seabra assinou o documentário "Manoel de Oliveira: 50 Anos de Carreira", abordagem pioneira do trabalho do cineasta, datada de 1981.

No exercício da crítica, em anos recentes, Augusto M. Seabra chegou a ser processado em tribunal e absolvido em 2007, por ter chamado "energúmeno" a Rui Rio, então presidente da câmara do Porto, devido a uma polémica em torno da Casa da Música.

Em 2016, o então ministro da Cultura João Soares prometeu-lhe "salutares bofetadas" - a Augusto M. Seabra e também a Vasco Pulido Valente - por artigos de opinião com críticas à linha de ação política da cultura. João Soares apresentaria a demissão do cargo dias depois da polémica.

Leia Também: Augusto M. Seabra: Cinemateca destaca "marca indelével" na crítica em Portugal

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