Coesão na UE não pode ser olhada como uma "política de caridade"
O presidente do Comité das Regiões Europeu, Vasco Cordeiro, alertou hoje que a política de coesão é imprescindível para a competitividade da União Europeia (UE) e que não pode ser equacionada como uma "política de caridade".
© European Union / Fred Guerdin
País Vasco Cordeiro
"A UE precisa de uma política de coesão [...] renovada e reforçada", começou por dizer Vasco Cordeiro, durante uma audição no Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas.
O presidente do Comité das Regiões Europeu acrescentou que esta ideia não é uma novidade e que já constava de várias propostas feitas para melhorar a competitividade do bloco comunitário, incluindo "o relatório Draghi [redigido pelo antigo primeiro-ministro italiano Mario Draghi], hoje publicado, e que de uma maneira partícula enalteceu a importância da política de coesão".
Uma política de coesão forte e clara, sustentou Vasco Cordeiro, é essencial para a "competitividade e vitalidade" da União Europeia.
Mas, para isso, é necessário pensar na política de coesão como "uma política para todas as regiões".
"Não é uma política de caridade, é uma política de que fortalece a capacidade das regiões de enfrentarem desafios e o facto de ser para todas as regiões significa que tem de ser adaptada a cada região ou grupo de regiões", completou.
Esta política, acrescentou, "não pode ser pensada apenas para regiões com menor índice de desenvolvimento".
Por isso, no seu entendimento, a resposta é investir mais e saber "como utilizar os fundos de coesão" de uma maneira transversal a toda a União.
Pouco depois, Elisa Ferreira, comissária com a pasta da Coesão, alertou para a importância de pensar na política de coesão como um elemento fulcral do quadro financeiro plurianual depois de 2027, que vai 'passar pelas mãos' dos eurodeputados nesta legislatura, mas pediu atenção para não desvirtuar o objetivo desta política - equilibrar os níveis de desenvolvimento e contribuir para a competitividade da UE como um todo.
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