"Não há duvidas que a escola pública é uma responsabilidade do Estado"
O primeiro-ministro visitou uma escola secundária em Viseu.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País Luís Montenegro
No arranque do novo Ano Letivo, Luís Montenegro deslocou-se até à Escola Secundária Alves Martins, onde fez um discurso em que assumiu a importância da escola e a responsabilidade do Governo em assegurar um ensino público de qualidade.
"Para este Governo, não há duvidas de que esta é uma responsabilidade do Estado", disse, considerando que a "escola pública é o epicentro da garantia" de que cada aluno "pode tirar partido do seu potencial para ser na vida aquilo que quer ser".
A afirmação do primeiro-ministro acontece depois de este ter começado o seu discurso a explicar o que é para si a “grande função da escola" e momentos antes de considerar que a escola onde se encontrava é a prova de que temos escolas de qualidade no país.
"É possível encarar o futuro com esperança de que ainda somos capazes de fazer melhor, e capazes de fazer tão bem e melhor que os outros", afirmou, referindo em seguida que, em relação à política do Governo, "não estamos a olhar para trás".
"Do passado podemos tirar apenas ensinamentos. Nós estamos a olhar para o futuro. E o que queremos para o futuro? Queremos uma escola tranquila e estável. Não foi por acaso que investimos grande parte do nosso trabalho inicial na confiança no corpo docente", prosseguiu, referindo que não está posta de parte a discussão da carreira docente e de aspetos de valorização do trabalho dos professores. "É fundamental", afirmou.
O primeiro-ministro, contudo, admitiu que há "muitos alunos que estão a ter menos oportunidades" devido à falta de professores e garantiu que o Governo não ficará "a contemplar a situação".
"Infelizmente, tem sido um ensinamento aquilo que vem dos últimos anos, mas nós não podemos ficar a contemplar a situação", frisou.
Luís Montenegro elogiou o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, pelo "esforço grande" que tem feito "para tentar, nesta primeira fase, encontrar respostas de emergência".
O governante referiu-se ao diploma aprovado em Conselho de Ministros para permitir "um processo de recrutamento excecional e temporário para poder dar resposta às dificuldades que hoje muitas escolas e sobretudo muitos alunos sentem, por incrível que pareça, em centros urbanos como Lisboa, de terem acesso a igualdade de oportunidades" por lhes faltarem professores a algumas disciplinas.
A visita do primeiro-ministro acontece no primeiro dia do ano letivo, que começa entre hoje e a próxima segunda-feira. Cerca de 1,3 milhões de estudantes do 1.º ao 12.º anos começam as aulas, com "milhares de alunos" a não ter todos os professores.
[Notícia atualizada às 14h39]
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