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Movimento de lesados diz que autoridades não entendem mundo rural

O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM), criado após outubro de 2017, considerou hoje que as autoridades continuam "sem falar com quem está no terreno" e a entender a floresta e o mundo rural.

Movimento de lesados diz que autoridades não entendem mundo rural
Notícias ao Minuto

20:17 - 16/09/24 por Lusa

País Incêndios

Numa nota, o movimento constituído na sequência dos fogos de outubro de 2017 disse que "continua a reivindicar ajudas aos seus lesados e à população afetada", considerando que "os incêndios continuam a ser esquecidos durante o ano e só quando aparecem na TV é que são lembrados".

 

As autoridades responsáveis continuam "sem falar com quem está no terreno" e a "entender o que se passa na floresta e no mundo mural, que também existe dentro das cidades", apontou o movimento do concelho de Tábua, no distrito de Coimbra.

"Enquanto se continuar a gerir a floresta, a agricultura e a problemática dos incêndios desde os gabinetes em Lisboa, tudo vai continuar igual e as catástrofes infelizmente vão continuar", lê-se na nota.

O movimento referiu que, a um mês de se completar sete anos após os incêndios de 15 de outubro de 2017, ainda "existem centenas de famílias sem habitação e as habitações que entraram em contratação pela CCDR-C [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro] ainda não foram terminadas".

Além disso, há agricultores e produtores florestais que nunca tiveram qualquer apoio, por "falta de abertura de candidaturas específicas para a sua atividade" ou "de elegibilidade".

Para o movimento, "faltam acessibilidades que seriam um bem urgente para ajudar economicamente a região" e vias como o Itinerário Complementar (IC) 6, IC7, IC12, IC37 ou ligação a sul ao Itinerário Principal (IP) 3, entre outras, "não seguiram para obra e até foram retiradas do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]".

O PRR, aliás, "seria uma forma mais rápida para executar estes investimentos que são prometidos há décadas e que teimam em não passarem de promessas", destaca-se na nota.

"Não somos portugueses de segunda, somos todos iguais e todos devemos ter o mesmo tratamento", apelou o movimento, acrescentando: "Só queremos que cumpram as promessas aos que ainda por cá resistem".

Também em comunicado, o STAL - Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional manifestou "a sua solidariedade" e louvou "o esforço e dedicação dos bombeiros profissionais e voluntários, dos profissionais da Proteção Civil, bem como dos trabalhadores das autarquias locais, que combatem heroicamente as chamas, arriscando as próprias vidas em socorro das populações afetadas".

"Perante a verdadeira catástrofe que flagela várias regiões do país, não esquecendo a tragédia humana, o STAL insiste na urgência da adoção de verdadeiras políticas de prevenção e combate aos incêndios e da tomada de medidas de proteção civil que garantam a segurança das populações e dos operacionais", sublinhou.

A direção nacional do STAL apontou ainda "a necessidade de responder às exigências de melhoria das condições de trabalho dos bombeiros e da regulamentação da sua carreira, medidas que o Governo continua a protelar".

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