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Moedas realça "energia transformadora", PS diz que Lisboa está em agonia

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), considerou hoje que os primeiros três anos de mandato foram de "energia transformadora", enquanto o PS afirmou que "a cidade está em agonia" e que "é urgente" resolver problemas.

Moedas realça "energia transformadora", PS diz que Lisboa está em agonia
Notícias ao Minuto

21:25 - 17/09/24 por Lusa

País Câmara de Lisboa

"A energia transformadora destes três anos trouxe-nos e traz à cidade aquilo que é necessário para mudarmos para melhor a vida dos lisboetas", disse o social-democrata Carlos Moedas, fazendo um balanço do mandato na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, onde prestou contas do trabalho do executivo entre julho e agosto.

 

No início das intervenções, o presidente da câmara e os deputados municipais manifestaram solidariedade a todos os afetados pelos incêndios que têm deflagrado nos últimos dias no país, com o combate aos fogos a contar com o apoio do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Apesar de a apresentação escrita do presidente da câmara ser dedicada aos últimos dois meses, as intervenções foram também de balanço de três anos de mandato da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que nas eleições de setembro de 2021 rompeu com o ciclo de 14 anos de governação do PS em Lisboa.

"Nestes três anos estivemos focados nos detalhes, estivemos focados na valorização da alma e da identidade de Lisboa, mas sobretudo na valorização dos lisboetas. É isto que os 'Novos Tempos' trouxeram a Lisboa quando há três anos vencemos as eleições: uma energia que se propaga pela cidade, através deste cruzamento entre a identidade de Lisboa e inovação. Uma energia transformadora", declarou Carlos Moedas.

Antecipando que o último ano de mandato antes das eleições autárquicas de 2021 (ainda sem confirmar se se irá recandidatar) será "muito crucial", o social-democrata destacou a intervenção na área da habitação, com o apoio a "mais 3.000 famílias", assim como a disponibilização de transportes públicos gratuitos para jovens e idosos, beneficiando cerca de 90 mil utentes.

Também num balanço dos três de mandato, o deputado municipal do PS Silvino Correia declarou: "Esta não é a nossa Lisboa, pelo menos não é aquela cidade que queríamos, que ambicionávamos e que tanto desejávamos".

"A cidade está em agonia, precisa de respostas, precisa de uma estratégia articulada e célere que melhore a vida dos lisboetas e que salve a cidade da triste reputação de que está a ser alvo nos últimos tempos", expôs o socialista, apontando como problemas graves o atual estado da higiene urbana, a liberalização do alojamento local e o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo.

Silvino Correia, que é também presidente da Junta de Freguesia do Beato, criticou a colocação de pessoas em situação de sem-abrigo no território que governa, avisando que "a concentração maciça destas pessoas em locais que por vezes se assemelham a campos de concentração não contribui para a criação das condições conducentes à sua recuperação".

Em resposta, Carlos Moedas pediu a solidariedade conjunta dos 24 presidentes de juntas de Lisboa para que a resposta às pessoas em situação de sem-abrigo deixe de estar concentrada em dois territórios, nomeadamente Beato e Arroios.

Sobre a higiene urbana, o social-democrata realçou o aumento de recursos humanos, referindo que em 2022 entre cantoneiros e motoristas foram contratadas 200 pessoas e neste momento estão a ser contratadas mais 200, ou seja, 400 pessoas durante este mandato.

O aumento da taxa turística de dois para quatro euros por noite servirá também para reforçar as verbas a transferir para as juntas no âmbito da higiene urbana, apontou Carlos Moedas, explicando que está a ser elaborado um novo modelo de repartição dos apoios financeiros.

Relativamente ao alojamento local, o presidente da câmara responsabilizou o PS pelo aumento de 500 estabelecimentos em 2010 para quase 19 mil em 2019, sublinhando que, no atual executivo, não houve um acréscimo de licenças, informou que foram realizadas 500 vistorias e foram cancelados 250 alojamentos e apelou à discussão da proposta de regulamento municipal desta atividade.

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