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Depois dos fogos, Cabeceiras de Basto adota medidas para enfrentar chuva

O município de Cabeceiras de Basto, distrito de Braga, afetado pelos incêndios, anunciou hoje que, face à previsão de chuva, implementou medidas no reforço da estabilização das áreas ardidas e na limpeza e desobstrução do sistema de drenagem.

Depois dos fogos, Cabeceiras de Basto adota medidas para enfrentar chuva
Notícias ao Minuto

24/09/24 18:31 ‧ Há 4 Horas por Lusa

País Mau tempo

"O Serviço Municipal de Proteção Civil, em conjunto com as Equipas e Brigada de Sapadores Florestais, iniciou a implementação de medidas de antecipação operacional, nomeadamente no reforço das medidas de estabilização de emergência das áreas ardidas e no reforço das limpezas e desobstrução do sistema de drenagem (valetas e aquedutos) das vias públicas", refere a autarquia, em comunicado enviado à agência Lusa.

 

A câmara, liderada por Francisco Alves (PS), sublinha que as "áreas afetadas pelos recentes incêndios rurais estão mais expostas e vulneráveis à precipitação", lembrando que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes, que podem ser acompanhados de trovoada e de vento forte.

As áreas afetadas pelos últimos incêndios rurais, "que ficaram sem coberto vegetal, e com cinza acumulada à superfície, que funciona como uma matéria impermeável", estão, segundo a autarquia, "mais expostas e vulneráveis à precipitação".

"As primeiras chuvas podem provocar o arrastamento de objetos soltos para as vias rodoviárias e para os cursos de água e a instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água", alerta o município.

A Câmara de Cabeceiras de Basto salienta que o impacto destes efeitos pode ser minimizado através da adoção de comportamentos adequados.

"A Proteção Civil Municipal recomenda que sejam adotadas medidas preventivas, designadamente: a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; bem como estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança", aconselha a autarquia.

O presidente da câmara adiantou anteriormente à Lusa que os incêndios consumiram em todo o concelho "entre 4.500 e 5.000 hectares", e destruíram totalmente duas casas, uma de primeira habitação, e uma terceira, parcialmente.

Depois dos incêndios, o IPMA indicou que os distritos de Viseu, Vila Real e Aveiro vão estar sob aviso laranja entre as 06:00 e as 12:00 de quinta-feira e os distritos do Porto, Viana do Castelo e Braga entre as 18:00 de quarta-feira e as 09:00 de quinta-feira.

Na sequência da previsão do IPMA, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou a população para o risco de cheias, derrocadas, deslizamentos e queda de estruturas e árvores.

A ANEPC recomendou a "adoção de comportamentos adequados", como a desobstrução de sistemas de escoamento das águas pluviais, a correta fixação de estruturas soltas, como andaimes e painéis, e a condução defensiva nas estradas, reduzindo a velocidade e tendo "especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas".

Em particular, nas zonas recentemente atingidas por incêndios florestais, que queimaram vegetação e cobriram o solo de cinzas, a ANEPC salientou o risco de deslizamentos, derrocadas e contaminação de fontes de água potável.

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