Ex-ministro deixa duras críticas a Marcelo e Montenegro. "Infantis"
João Costa apontou o dedo à atuação do Presidente da República e do primeiro-ministro nas negociações do Orçamento do Estado para 2025.
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Política João Costa
O ex-ministro da Educação João Costa criticou, esta terça-feira, a atuação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, Luís Montenegro, em torno das negociações do Orçamento do Estado.
Num artigo de opinião que assina no Expresso, o antigo ministro de António Costa acusa Marcelo e Montenegro de estarem a ser "infantis" e "irresponsáveis" na forma como estão a lidar com o assunto, apontando o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, como o "único adulto neste quarto de brinquedos".
"Não se discute o Orçamento, porque não é conhecido. Não se discutem as opções do Governo que já são bem visíveis. Discute-se apenas o que pode acontecer se o Orçamento for aprovado ou se não for aprovado", pode ler-se no texto assinado por João Costa.
Além disso, o anterior responsável pela pasta da Educação aponta a dualidade de critérios de Marcelo, afirmando que durante o Governo do PS "tanto usou a palavra dissolução, que se cansou", mas agora "prefere falar de uma estabilidade pela qual não lutou no passado, tornando-se o recordista das dissoluções".
"O que tem peso para as nossas vidas é saber se vai vingar um projeto de Orçamento assente na irresponsabilidade orçamental e na geração de mais desigualdades ou um conjunto de soluções positivas para o país no médio prazo. E o único que fala de Orçamento e de políticas com razoabilidade e sem eleitoralismo é Pedro Nuno Santos", remata o militante do PS.
De recordar que a primeira reunião entre o primeiro-ministro e o líder da oposição, Pedro Nuno Santos, para debater o OE 2025 foi marcada no domingo para a próxima sexta-feira, às 15h00.
A informação foi transmitida cerca de uma hora depois de o primeiro-ministro ter enviado um comunicado às redações a acusar o secretário-geral do PS de "indisponibilidade recorrente" para uma reunião sobre o documento, alegando que estava a tentar marcar uma reunião com Pedro Nuno Santos sobre o Orçamento do Estado para 2025 desde 4 de setembro.
Em resposta, o líder do PS acusou o Governo de provocar os socialistas com um "comunicado inaceitável" sobre o processo negocial do Orçamento do Estado para 2025 e querer criar uma "indesejável instabilidade política", rejeitando alimentar "discussões infantis e estéreis".
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