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Marrocos. Abreu devolve 40% de férias que correram mal a portugueses
Vários clientes da agência de turismo reportaram problemas durante a estadia no hotel de cinco estrelas de Al Hoceima, no passado mês de agosto. O Provedor do Cliente decidiu agora que estes deviam ser ressarcidos.
© Radisson Blu Resort Al Hoceima
País Agência Abreu
O Provedor do Cliente das Agências de Viagem e Turismo decidiu que a Abreu deve devolver 40% do valor total pago pelos clientes que reclamaram, em agosto, das condições de um hotel de cinco estrelas, localizado em Al Hoceima, Marrocos, que fazia parte do pacote vendido pela agência de viagens.
No documento da entidade, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o Provedor do Cliente escreve que o sucedido não é "responsabilidade direta da agência", no entanto, realça que "é esta que responde, perante o cliente e pelos seus fornecedores". Por isso, ante as provas e os testemunhos de que o hotel não correspondia realmente ao acordado, deve indemnizar os passageiros com 40% do valor total da viagem.
Ao Notícias ao Minuto, a Agência Abreu garante que vai "respeitar e acatar essa decisão", uma vez que esta foi tomada por uma "entidade isenta e imparcial, responsável por analisar centenas de queixas todos os anos".
"Apesar da falha ser do hotel", sublinha a empresa, a Abreu lamenta "todos os acontecimentos que impediram os clientes de usufruírem do período de férias que esperavam" e garante que, "tal como sempre", vai assumir o respetivo pagamento aos clientes.
Em relação ao hotel em questão, o Radisson Blu Resort Al Hoceima, a agência Abreu afirma que já "reportou o sucedido ao Turismo de Marrocos, para que este possa também apurar o que aconteceu, como ao grupo hoteleiro detentor da marca Radisson Blu, que tem o seu próprio processo de averiguação interno", assim como já lhes comunicou "as primeiras decisões do Provedor do Cliente".
Além disso, a Abreu "descontinuou" os pacotes com Radisson Blu Resort Al Hoceima da sua oferta, apesar de, no passado, "a operação com este hotel ter corrido bem".
"Decididamente, o hotel não conseguiu responder em 2024 ao influxo de época alta, degradando a qualidade dos seus serviços. E, por isso, uma vez mais lamentamos todos os acontecimentos que impediram os nossos clientes de usufruírem do período de férias que esperavam", notou a empresa, em resposta às perguntas feitas pelo Notícias ao Minuto.
Para já, a Abreu não sabe quantas pessoas terá de indemnizar devido aos incidentes com este resort, no entanto, "para já o Provedor já tomou uma decisão sobre alguns casos", mas acredita que, "nos próximos dias", esta entidade deverá "continuar a tomar decisões sobre as restantes reclamações que lhe foram remetidas".
Sobre as denúncias feitas no Livro de Reclamações, que seguem para a Comissão Arbitral do Turismo de Portugal, a Abreu ainda "não foi notificada de qualquer decisão".
As devoluções sobre as quais há decisão já estão a ser pagas e, até agora, os clientes contactados estão, de acordo com a Abreu, "a reagir positivamente".
Recorde-se que, em agosto, um grupo de portugueses que viajou até Al Hoceima para passar uma semana de férias (e de sonho), ficou desiludido com o que encontrou no resort de cinco estrelas, que fazia parte de um pacote de viagens da Agência Abreu.
Além de terem esperado "horas para fazer o check-in", a qualidade dos serviços do resort deixou "muito a desejar". Vários passageiros relataram falta de higiene e incumprimento das normas sanitárias, o que terá levado a "gastroenterites" e "desarranjos intestinais".
Leia Também: "Mudança na gestão de hotel" transforma férias de portugueses em pesadelo
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