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Detido em Marrocos um dos reclusos que fugiu da prisão de Vale de Judeus

Fábio Loureiro, mais conhecido por 'Fábio Cigano', foi detido na noite de domingo, durante a Operação Retorno. Será agora extraditado para Portugal.

Detido em Marrocos um dos reclusos que fugiu da prisão de Vale de Judeus
Notícias ao Minuto

07/10/24 10:19 ‧ Há 4 Horas por Natacha Nunes Costa com Lusa

País Vale de Judeus

O evadido do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, Fábio Loureiro, foi detido, na noite de domingo, pelas 22h00, em Tânger, Marrocos, revelou a Polícia Judiciária (PJ), num comunicado enviado, esta segunda-feira, às redações.

 

O recluso, que fugiu há precisamente um mês do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, foi apanhado pelas autoridades marroquinas, em colaboração das autoridades espanholas, em estreita articulação da PJ.

Contam os inspetores que "a operação policial internacional (à qual foi dada o nome de Retorno) foi desencadeada em menos de 24 horas e contou com o forte apoio da Cuerpo Nacional de Policia (CNP) espanhol e da Direção Geral de Vigilância Territorial Nacional  (DGST) marroquina, com base em informação credível da PJ", de que Fábio Loureiro, mais conhecido por 'Fábio Cigano', estaria em Marrocos.

Tramado pelo amor

Fábio 'Cigano' foi tramado pelo amor. Foi através da namorada que as autoridades chegaram ao paradeiro do criminoso algarvio, este domingo, um mês depois de ter fugido do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, confirmou o Notícias ao Minuto junto de fonte da Polícia Judiciária (PJ).

Sobre o também conhecido por 'Terror do Algarve' recaía um mandado de detenção internacional emitido pela autoridade judiciária competente, constando de notícia vermelha na Interpol.

Cumpria pena de prisão pelos crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão quando fugiu, no dia 7 de setembro, de Vale de Judeus, com outros quatro reclusos, ainda em fuga.

O português, natural do Algarve, será agora presente às autoridades judiciárias de Marrocos tendo em vista a sua extradição para Portugal para efeitos de cumprimento de pena.

Português terá ajudado a esconder 'Fábio Cigano'. Foi também detido

Já de acordo com a SIC Notícias, Fábio Loureiro estaria a viver em Tânger e não apenas de passagem.

Com ele, foi também detido um outro português, que o terá ajudado na fuga e estaria a ajudar o recluso a esconder-se.

Fuga durou "seis minutos"

Segundo o relatório da auditoria à atuação dos serviços de vigilância e segurança, que foi elaborado pela Divisão de Serviços de Segurança da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a fuga dos reclusos "demorou seis minutos" e só foi detetada cerca de uma hora depois.

O grupo de evadidos incluía dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.

Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

Destes, apenas Fábio Loureiro foi agora detido pelas autoridades.

A fuga levou ao afastamento do direitor da cadeia e à demissão do então diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa e Gonçalves, que foi substituído interinamente por Isabel Leitão, que já integrava aquela direção-geral tutelada pelo Ministério da Justiça.

A fuga de Vale de Judeus levou a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, que ordenou uma auditoria à segurança das cadeias portuguesas, a ser ouvida recentemente sobre o caso na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a requerimento da Iniciativa Liberal.

Hoje, guardas de várias cadeias do país são esperados hoje numa concentração defronte de Vale de Judeus, promovida pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), que quer "demonstrar a união e o apoio do corpo da guarda prisional aos colegas do EP de Vale de Judeus" e, desta forma, "demonstrar que existem problemas transversais a todos os estabelecimentos prisionais e que afetam a vida de todos" estes profissionais.

Leia Também: Vale de Judeus? "Situação grave" que "não poderá voltar a acontecer"

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