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Absolvido advogado acusado de abusar de refugiada que acolheu no Porto

O tribunal de São João Novo absolveu hoje o advogado de 46 anos, residente no Porto, acusado de abusar sexualmente de uma refugiada ucraniana que acolheu em 2022, juntamente com duas amigas, em casa.

Absolvido advogado acusado de abusar de refugiada que acolheu no Porto
Notícias ao Minuto

23/10/24 15:16 ‧ Há 4 Horas por Lusa

País Tribunal

"Não ficou provada a tese da acusação, mas também não ficou provada a sua tese [de defesa]", disse a presidente do coletivo de juízes durante a leitura do acórdão.

 

A magistrada explicou que o tribunal "não conseguiu superar a dúvida" se a mulher estava alcoolizada, tal como sustenta a acusação, assim como se a prática dos atos sexuais foram "contra a vontade e consentimento da vítima".

À saída do tribunal, o advogado do arguido, Fernando Dias, assumiu aos jornalistas que estava à espera da absolvição porque o seu constituinte "manteve a coerência do depoimento desde a primeira hora".

Além disso, o causídico lembrou que o arguido "confessou desde o início" que se envolveu com a mulher ucraniana, mas que havia sido consentido, algo de que está "arrependidíssimo" porque ficou com "a família virada do avesso".

Fernando Dias aproveitou ainda a ocasião para felicitar os portugueses que abrem as portas da sua casa para acolher pessoas, mas recomendou cuidado "com quem se partilha casa".

Referia a acusação que o advogado acolheu a refugiada ucraniana e as duas amigas desta em março de 2022 na sua residência, onde vivia com a família, tendo-lhes um mês depois arranjado uma casa para morarem próxima da sua, local onde ficaram até setembro.

De acordo com o Ministério Público, o arguido e a sua família mantiveram "contacto próximo" com a vítima e as amigas com quem saiam "muitas vezes" e quem ajudavam.

No dia 10 de setembro, indicava a acusação, o advogado organizou uma festa em casa e convidou as três mulheres ucranianas que, pelas 04:00, foram embora para a habitação onde residiam, sublinha.

Sustentava a acusação que, no dia seguinte, pelas 07:00, o arguido foi a casa daquelas e deitou-se na cama da vítima, aproveitando-se do facto de ela estar "a dormir profundamente, alcoolizada e inconsciente", e abusou-a sexualmente.

Ainda de acordo com a acusação, devido a este episódio a vítima "passou a exibir pensamentos suicidas, toma medicação antidepressiva e necessita de apoio psicológico".

[Notícia atualizada às 17h23]

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