INEM diz que atende 28 chamadas/hora que não são emergências e faz alerta
Organismo alerta que as chamadas que não constituem uma emergência médica "sobrecarregam o sistema, pondo em risco a capacidade de resposta" às verdadeiras emergências e colocam "em perigo de vida aqueles que realmente precisam de ajuda imediata".
© Pedro Fiúza/NurPhoto via Getty Images
País INEM
O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) atende, por hora, 28 chamadas que não são emergências médicas, anunciou, esta segunda-feira, o organismo do Ministério da Saúde.
Numa nota enviada ao Notícias ao Minuto, o INEM revela que, no último fim semana, o CODU "encaminhou 662 chamadas para o SNS 24 e registou ainda 1.408 ocorrências que não careciam de encaminhamento ou acionamento de meios de socorro".
Ou seja, "neste período, 18% do total de chamadas recebidas na central do INEM não eram emergências médicas", sublinha.
Segundo o organismo, na prática, entre 1 a 3 de novembro, foram atendidas e triadas pelos profissionais do INEM 2.070 chamadas não urgentes.
Em 2024, revela ainda, o CODU do INEM atendeu 147.885 chamadas não urgentes, "o que corresponde a 12% do total de chamadas atendidas".
O organismo alerta que as chamadas que não constituem uma emergência médica "sobrecarregam o sistema, pondo em risco a capacidade de resposta do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) às verdadeiras emergências, colocando em perigo de vida aqueles que realmente precisam de ajuda imediata".
O INEM recorda as atuais condicionantes, "nomeadamente a carência de profissionais da categoria de Técnicos de Emergência Pré-hospitalares (TEPH), agravada pelas greves da Função Pública e dos TEPH às horas extraordinárias" e sublinha que os cidadãos devem ligar o Número Europeu de Emergência – 112 "apenas em situações graves ou de risco de vida", como por exemplo "alteração do estado de consciência"; "suspeita de AVC (alteração da fala, face ou força)"; "engasgamento (após tentar ajudar"); "dificuldade em respirar"; "acidentes com feridos(s); dor no peito"; "hemorragias abundantes ou incontroláveis e "queimaduras graves ou em zonas sensíveis".
"No caso de a chamada ficar em espera, os utentes devem aguardar que seja atendida pelos profissionais do CODU, ao invés de desligar e tornar a ligar. Esta ação vai colocar a chamada no fim da fila de chamadas em espera, apenas servindo para atrasar o atendimento da mesma", aconselha também.
Em todas as outras situações não emergentes, "o cidadão deve entrar em contacto com o SNS 24, através do número 808 24 24 24 – para referenciação e aconselhamento adequados".
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