CT do Público condena decisão da administração de expulsar sindicato
A Comissão de Trabalhadores (CT) do Público condenou hoje a decisão da administração do jornal de impedir o Sindicato dos Jornalistas (SJ) de entrar nas redações do Porto e de Lisboa, considerando-a um "sinal preocupante".
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País Público
"Independentemente do propósito desta visita [do SJ], a recusa em deixar entrar representantes sindicais nas instalações da empresa é condenável por si só e um sinal preocupante quanto à atitude da administração do Público no que diz respeito à garantia dos direitos dos trabalhadores", considera a CT do Público.
Em comunicado, a que a agência Lusa teve acesso, este órgão representativos dos trabalhadores refere que os membros do SJ que pretendiam prestar esclarecimentos sobre a aplicação do novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) foram expulsos das redações na quarta-feira, um sinal que interpretam como de "falta de abertura".
Acrescenta, ainda, que o objetivo da visita do SJ era responder a questões levantadas pelos trabalhadores quanto à aplicação do novo CCT, até porque, lê-se no comunicado, o departamento de Recursos Humanos do Público não enviou informação já solicitada sobre este tema.
"A CT lamenta a falta de abertura da administração para apoiar os trabalhadores na clarificação da sua situação laboral -- tanto mais que o departamento de Recursos Humanos não acatou o pedido da CT para que fosse enviada informação atualizada e individualizada sobre as alterações aos salários e categorias decorrentes da aplicação do novo CCT", refere a CT.
O CCT é um instrumento legal novo que introduz alterações aos contratos de trabalho.
O SJ, que já formalizou uma queixa na Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), revelou na quarta-feira que foi impedido de entrar nas instalações do Público, em Lisboa e no Porto, pela administração do jornal, classificando esta atitude como, no mínimo, "um embaraço".
A direção do SJ foi às redações de Lisboa e do Porto para ouvir os jornalistas sobre as suas condições de trabalho.
"A administração do jornal Público recusou, nesta quarta-feira, a entrada de membros da direção do SJ nas instalações de Lisboa e Porto", denunciou, em comunicado.
No Porto, a direção do sindicato foi impedida de entrar no edifício, tendo o encontro decorrido no exterior da empresa.
Já em Lisboa, segundo a estrutura sindical, a diretora de Recursos Humanos interrompeu o encontro, avisando que a empresa não autoriza reuniões do sindicato nas suas instalações.
A direção do SJ foi expulsa do edifício e o encontro prosseguiu do lado de fora da empresa.
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