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Montenegro diz que 300 mil dólares contra a fome "são contributo inicial"

O primeiro-ministro afirmou esta segunda-feira que o montante anunciado por Portugal para a Aliança contra a Fome e a Pobreza "é um contributo inicial" para o lançamento das despesas administrativas desta iniciativa anunciada pela Presidência brasileira do G20.

Montenegro diz que 300 mil dólares contra a fome "são contributo inicial"
Notícias ao Minuto

18/11/24 19:09 ‧ Há 4 Horas por Lusa

País G20

Em declarações aos jornalistas, à margem dos trabalhos da Cimeira do G20, que decorre até terça-feira no Rio de Janeiro, Montenegro começou por agradecer ao Brasil a oportunidade que deu a Portugal de poder participar durante todo este ano na presidência brasileira do G20, como observador.

 

"Foi uma experiência muito proveitosa para nós, para Portugal, mas sobretudo também para todos os países que representam uma grande parte do mundo mais evoluído do ponto de vista económico e que, com o nosso contributo, pôde dar alguns passos no sentido de poder espalhar esse progresso económico para outras geografias onde há pobreza, onde há fome", disse.

Em particular sobre a iniciativa hoje lançada pelo Presidente Lula da Silva, destacou a importância de juntar os líderes das principais economias mundiais no objetivo de "tornar mais uniforme o acesso a bens essenciais, à qualidade de vida mínima, à dignidade das pessoas".

"Portugal, desde já, tem um contributo inicial como membro fundador desta aliança, correspondente a 10% das despesas administrativas de funcionamento da aliança. É já um contributo significativo como membro fundador. Estamos a falar de cerca de 300 mil dólares anuais, que nós assumimos como contributo até 2030", disse, explicando o anúncio feito no seu discurso na primeira sessão de trabalho da reunião do G20.

Por outro lado, o primeiro-ministro português alertou que "não pode haver um efetivo combate à fome e à pobreza" se se mantiverem as guerras hoje espalhadas por todo o mundo e destacou a importância da segurança alimentar.

"Estou muito à vontade, porque o governo português tem dado uma grande ênfase à necessidade de termos uma agricultura que seja encarada como um setor estratégico e estruturante e que nos garanta mais autonomia alimentar. Ora, a segurança alimentar é uma pedra de toque do combate à fome e também do combate à pobreza", disse.

Portugal participou durante este ano em mais de 100 reuniões do G20 a convite do Brasil, a nível ministerial e nível técnico, culminando com a cimeira de chefes de Estado e de Governo, no Rio de Janeiro.

O Brasil assumiu em 01 de dezembro de 2023, e até 30 de novembro deste ano, pela primeira vez, a presidência do G20 sob o tema "Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável". Na sua presidência convidou 19 países, incluindo Portugal, Angola, Moçambique e Espanha, e organizações como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Os membros do G20 -- EUA, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, Índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia e, ainda, a União Europeia e a União Africana -- representam as maiores economias, cerca de 85% do Produto Interno Bruto mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.

Leia Também: Montenegro preocupado com falta de "mecanismo diplomático" para paz

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