"O 25 de Novembro não foi contrarrevolução. Tratou-se de repor os eixos"
O deputado socialista Sérgio Sousa Pinto preferiu argumentar, por outro lado, que o 25 de Novembro pretendia, sim, "devolver a revolução ao seu espírito original".
© Global Imagens
Política 25 de Novembro
O deputado do Partido Socialista (PS) Sérgio Sousa Pinto recusou, na noite de terça-feira, catalogar o 25 de Novembro como uma "contrarrevolução", face à Revolução de 25 de Abril de 1974.
"O 25 de Novembro não foi nenhuma contrarrevolução. Tratou-se de repor a revolução nos eixos, devolvê-la ao seu espírito original", disse o político socialista, na CNN Portugal.
Nas mesmas declarações, Sérgio Sousa Pinto considerou que só se poderia chamar "contrarrevolução" aos acontecimentos de 25 de Novembro de 1975 se "tivesse sido constituída uma desforra dos derrotados do 25 de Abril, se tivéssemos voltado ao regime anterior".
"Chamar ao 25 de Novembro contrarrevolução é só uma coisa que um leninista, em último grau, já quase a precisar de tratamento médico, se lembraria de dizer. Não é verdade, não foi a contrarrevolução", vaticinou o mesmo deputado do PS.
Partido Social Democrata (PSD), Iniciativa Liberal (IL) e Chega aprovaram, na terça-feira, uma deliberação do CDS-PP para que a operação militar de 25 de Novembro de 1975 seja assinalada anualmente na Assembleia da República, iniciativa que mereceu a oposição das bancadas da Esquerda.
Após a votação, em que a deputada do PAN, Inês de Sousa Real, se absteve, os representantes do CDS-PP e do Chega aplaudiram longamente, de pé, a aprovação desta iniciativa da bancada democrata-cristã.
Maior consenso mereceu a deliberação da Iniciativa Liberal no sentido de que a Assembleia da República assinale com uma sessão solene o cinquentenário do 25 de Novembro de 1975, integrando este momento nas comemorações dos 50 anos da revolução de 25 de Abril de 1974.
PSD, PS, Chega e Iniciativa Liberal votaram a favor do texto proposto pela Iniciativa Liberal, que teve a oposição do PCP e do Bloco de Esquerda, e a abstenção do Livre e da deputada do PAN.
Resultado diferente teve a deliberação do Chega para que o 25 de Novembro passasse a ser feriado nacional em Portugal - uma proposta que apenas teve o apoio dos dois deputados do CDS-PP e a abstenção da Iniciativa Liberal.
Contra a iniciativa do Chega votaram o PSD, PS, Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN.
Leia Também: Nuno Melo considera histórica deliberação para comemorar o 25 de Novembro
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com