Pedro Nuno e Montenegro? "Ambos têm medo de eleições antecipadas"
O comentador Miguel Sousa Tavares considerou que ser "difícil que algum dos lados ceda" na votação do Orçamento de Estado.
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Política Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares considerou, na quinta-feira, que Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro "têm ambos medo de eleições antecipadas, sobretudo o PS". Para o comentador o "Governo está a governar", ainda que muitas das medidas ainda "estejam no papel" e lembrou que "o PS tem legitimidade para dizer 'não nos obriguem a concordar com aquilo que nós discordamos'".
Em declarações na CNN Portugal, o comentador falou da votação do Orçamento de Estado. "É difícil que algum dos lados ceda", considerou. Para Miguel Sousa Tavares, o Governo "não pode ceder", já que a sua principal aposta "foi em baixar impostos". Por outro lado, o PS "é mais pela redistribuição pelos impostos".
"Acho que Luís Montenegro não vai ceder e acho que a bola vai estar do lado do PS. O PS é que vai ter que tomar, em novembro, a atitude fundamental se chumba, ou não, o Orçamento de Estado", garantiu Sousa Tavares.
O comentador falou ainda das críticas à Procuradora Geral da República (PGR), Lucília Gago, e considerou que o seu sucessor "idealmente deveria vir de fora" do Ministério Público (MP). "O problema não é só Lucília Gago, o problema é a cultura que ela deixou alojada no Ministério Público", afirmou.
Para Miguel Sousa Tavares, o "Ministério Público não é, neste momento, uma "estrutura hierarquizada" e que "funciona em total autonomia".
Já sobre a cimeira da NATO, Miguel Sousa Tavares considerou que a Aliança "está cada vez mais a alinhar com a política externa americana". "A NATO e o Ocidente não estão a levar em devida conta que, não só na guerra da Ucrânia, como em relação ao mundo inteiro, não encontra aliados fora daquilo que é o círculo fechado dos países ocidentais", referiu.
Relativamente ao reforço de armamento anunciado para a Ucrânia e o pacote milionário para a ajuda militar, o comentador referiu que "a NATO está na Ucrânia como nunca esteve em nenhum país membro da organização".
"Nenhum país membro da NATO até hoje teve tanto apoio e tanta presença da NATO como a Ucrânia, não sendo membro da NATO", realçou ainda.
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