"Há divergências" mas PAN "disponível para não deitar toalha ao chão"
Inês Sousa Real afirma que há linhas vermelhas que não quer ver ultrapassadas no OE2025, mas está disponível para dialogar.
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Política Inês Sousa Real
O PAN foi o primeiro partido a ser recebido pelo Governo, num encontro que visa discutir o Orçamento do Estado para o próximo ano.
No final do encontro, que decorreu no Palácio de São Bento, Inês Sousa Real afirmou que “temos algumas visões diferentes”, há “divergências pontuais”, mas que o partido está “disponível para não deitar a toalha ao chão”.
A líder do partido referiu que alguns dos pontos de divergência estão relacionados com os apoios aos serviços médico-veterinários, com a alimentação dos animais de companhia, a redução ou mesmo a isenção de IVA nos produtos menstruais, temas que o Governo “entende de forma diferente”.
Reconheceu, por isso, que "há necessidade de diálogo em prol do país".
Questionada se há linhas vermelhas que o partido não vai deixar passar, Inês Sousa Real disse que para o partido “há medidas que são indispensáveis” como as de apoio às famílias e “há linhas vermelhas que não devem ser ultrapassadas”.
Dentro desta opinião, elencou as “deduções com as despesas da habitação, a revisão dos escalões de IRS consoante a taxa de inflação e ainda garantir que não há retrocessos nos apoios à proteção animal”.
A porta-voz do PAN disse esperar que a proposta do Orçamento do Estado para 2025 não fique capturada pela visão programática do Governo, pedindo que mantenha o diálogo que agora iniciou.
"Para o PAN, este Orçamento do Estado não pode ficar capturado pelo que possam ser as restrições ou a visão meramente programática do programa de Governo da Aliança Democrática (AD). Nós precisamos de garantir que se dá continuidade a este diálogo que agora foi encetado, quer em setembro, quer em outubro", declarou, fazendo saber que o sentido de voto do partido em relação à proposta orçamental não vai depender apenas do que for negociado, mas também da execução do Orçamento do Estado para 2024, atualmente em curso.
O Governo recebe hoje os partidos, num encontro que deveria ser liderado por Luís Montenegro. O primeiro-ministro teve que cancelar a sua presença nos encontros por motivos de saúde, tendo sido substituído pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.
Após o PAN, seguem-se os encontros com Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e, por último, uma reunião conjunta com PSD e CDS-PP marcada para as 18h30.
O Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue no parlamento até 10 de outubro e os 80 deputados que suportam o executivo minoritário PSD/CDS-PP não são suficientes para a sua aprovação, sendo necessária ou a abstenção do PS (78 deputados) ou o voto favorável da bancada do Chega (50 parlamentares).
[Notícia atualizada às 11h34]
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