A eurodeputada do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, comentou na segunda-feira o processo Tutti Frutti, no qual o ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, vai ser constituído arguido, considerando que existe "um problema com o tempo" destas decisões da Justiça.
"Estamos a falar de uma decisão que Fernando Medina tomou em março de 2017 e agora é constituído arguido por ela. Estamos quase no fim deste mandato autárquico e estamos ainda à espera de respostas de mandatos anteriores", afirmou Catarina Martins no seu espaço de comentário no programa 'Linhas Vermelhas' da SIC Notícias.
A bloquista considerou que "toda a gente deve ser investigada" porque "ninguém está acima da lei". No entanto, "não é aceitável manter as pessoas durante tanto tempo em suspeição" sem que haja "resultados destas investigações".
"Já houve mais meios para a Polícia Judiciária e o que precisávamos é que o Ministério Público (MP) conseguisse deduzir acusações num tempo aceitável para a democracia e credibilidade da justiça", salientou.
De recordar que Fernando Medina anunciou, através de um comunicado, que o MP solicitou a sua audição na qualidade de arguido no âmbito do processo Tutti Frutti.
"Tive conhecimento nos últimos dias, através de comunicação da Assembleia da República, que o Ministério Público solicita a minha audição, na qualidade de arguido, no âmbito do inquérito conhecido como processo Tutti-Frutti", anunciou o ex-governante, dando conta que já solicitou à Assembleia da República o levantamento da sua imunidade parlamentar "com a maior brevidade possível" para poder, "pela primeira vez em tantos anos, ter a oportunidade de esclarecer em sede própria as dúvidas que o Ministério Público tem".
O também antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa salienta que é suspeito da "prática de um alegado crime de prevaricação".
"Em causa está a atribuição alegadamente indevida, por mim, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em 23 de março de 2017, de um apoio financeiro no valor de duzentos mil euros - a realizar em dois anos - à XV - Associação Amigos do Rugby de Belém, no âmbito do apoio ao associativismo desportivo", explicou Fernando Medina na nota.
A audição de Fernando Medina na qualidade de arguido, tal como solicitada pelo Ministério Público, exige o levantamento da imunidade parlamentar, que o próprio quer ver aprovada "com a maior brevidade possível". É suspeito da "prática de um alegado crime de prevaricação".
Lusa | 15:51 - 29/07/2024
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