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"Animais pagam sempre fatura". PAN pede atuação do MP após morte de lince

Um lince-do-deserto com cerca de seis anos morreu esta quarta-feira, cerca de um mês depois de ter sido recolhido da casa onde estava pelas entidades competentes.

"Animais pagam sempre fatura". PAN pede atuação do MP após morte de lince
Notícias ao Minuto

22:27 - 07/08/24 por Notícias ao Minuto

Política Bores

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, reagiu, esta quarta-feira, à morte de Bores, o lince-do-deserto que foi separado da família que o acolheu no início de julho.

 

"Os animais pagam sempre a fatura… O lugar de um animal selvagem, como o Bores, não é numa casa, não é num zoo, teria sido na natureza e no seu habitat natural, do qual foi privado desde que nasceu", começou por escrever numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter).

"Tendo em conta as circunstâncias da sua morte, o mínimo que se espera é que o Ministério Público [MP] promova urgentemente a apreensão do seu corpo e a realização da necropsia. Mesmo que estejamos perante um caso de negligência, custou a vida a este animal", continuou.

Na mesma publicação, Sousa Real considera ainda "fundamental" que sejam adotados procedimentos para estes casos" e que aqui sejam envolvidos diferentes especialistas e que "o bem-estar animal, do indivíduo, esteja sempre o mais possível salvaguardado".

"O direito a viver em liberdade chega de forma trágica ao Bores", rematou.

A reação surge no mesmo dia em que o animal morreu, depois de ter sido devolvido à família. Em primeiro lugar, o lince foi retirado no início de julho e a sua tutora identificada. Após a situação e a denúncia de que o animal estava "triste" e que sempre agiu "como um gato", já que foi acolhido em bebé e nunca viveu no seu habitat, a Associação Ajuda a Alimentar Cães avançou com uma petição.

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Em causa estava o regresso de Bores à família, mas o animal terá levado um tranquilizante nesta altura e desde o seu regresso a casa nunca pareceu bem.

"Chegou sedado a casa e, durante mais de um dia, não acordou e foi levado para uma clínica veterinária de urgência. Desde esse dia foram várias as tentativas do regresso a casa mas o estado de saúde só [tinha] vindo a piorar. Desde que foi sedado perdeu a capacidade de andar e de comer. Hoje deixou de reagir a qualquer estímulo", escreveu a associação no Facebook, considerando ainda antes da morte do mesmo que a situação era "revoltante" e apontado que o animal "jamais deveria ter saído do local onde sempre viveu", escreveu a associação numa página do Facebook, ainda antes de ser conhecido que o animal tinha morrido.

Leia Também: Morreu Bores, lince tirado à família na Madeira. O que se passou num mês?

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