Fogos. Eurodeputada do CDS pede que Bruxelas ative Fundo de Solidariedade
A eurodeputada do CDS, Ana Pedro, pediu hoje à Comissão Europeia que ativasse Fundo de Solidariedade da União Europeia (UE) para apoio financeiro face aos danos causados pelos fogos em Portugal, solicitação apoiada por outras bancadas parlamentares.
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Política Incêndios
"Queria aproveitar para anunciar que irei pedir à Comissão Europeia que avalie a extensão dos danos e o impacto também na economia para que Portugal possa aceder ao Fundo de Solidariedade, especialmente no norte onde o fogo tem sido cada vez mais intenso e as chamas cada vez mais difíceis de combater", declarou Ana Pedro, em declarações aos jornalistas portugueses à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.
O pedido formal à Comissão Europeia visa a ativação urgente do Fundo de Solidariedade da União Europeia, que segundo a eurodeputada centrista permitira que Portugal acedesse a financiamento para resposta aos incêndios florestais que têm devastado várias zonas do país.
De momento, já foi mobilizada ajuda comunitária para os fogos florestais no país, pois, com a ativação por Portugal do Mecanismo de Proteção Civil da UE, a Comissão Europeia mobilizou oito aviões de combate a incêndios (de Espanha, Itália, França e Grécia) para apoiar as autoridades portuguesas, especialmente no norte do país.
Esta é a segunda vez este verão que Portugal ativa o Mecanismo devido a incêndios florestais.
Também em declarações aos jornalistas em Estrasburgo, a parlamentar do PS Marta Temido observou que esta ativação do Mecanismo de Proteção Civil da UE foi "importante para resposta imediata".
"Sabemos que há meios que estão a chegar e, depois, haverá uma discussão sobre a reparação de danos, embora alguns não tenham preço, como é evidente", apontou.
Pelo PSD, Paulo Cunha disse esperar que "tão rapidamente quanto possível se possa fazer a avaliação dos danos que os incêndios causaram a Portugal" para, depois, isso ser discutido "do ponto de vista da ação da União Europeia".
Já Cotrim de Figueiredo, da IL, especificou que o Fundo de Solidariedade da UE "poderia ser invocado para por circunstâncias como esta".
"O essencial nesta altura é combater os incêndios com sucesso e acabar com a angústia das pessoas", adiantou.
Posição semelhante manifestou o eleito do PCP, João Oliveira, que vincou que "é essencial neste momento para fazer face aos incêndios" em Portugal para, de seguida, "recuperar aquilo que foi destruído pelos incêndios", nomeadamente com "recurso a meios financeiros da União Europeia".
A bloquista Catarina Martins indicou que "a prioridade neste momento tem de ser todo o apoio a nível europeu para o combate aos incêndios", sendo que "depois, claro, há um segundo momento em que é preciso fazer recuperação do que foi destruído".
Já António Tânger Corrêa, do Chega, defendeu "um trabalho de prevenção" com ajuda europeia.
Para quarta-feira de manhã, está marcado um debate na sessão plenária do Parlamento Europeu sobre outros eventos meteorológicos extremos, as intensas cheias na Europa central, que podem ser das piores em 20 anos.
Em Portugal, pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro.
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