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Governo vai "analisar propostas do PS", mas sem nova reunião marcada

O secretário-geral socialista disse hoje que Governo e o primeiro-ministro ficaram de analisar as propostas do PS para o Orçamento do Estado e que não ficou nenhuma nova reunião marcada, manifestando disponibilidade para afinar as medidas que apresentou.

Governo vai "analisar propostas do PS", mas sem nova reunião marcada
Notícias ao Minuto

27/09/24 18:43 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Política Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos deu uma conferência de imprensa na sede do PS, em Lisboa, cerca de uma hora depois de sair da reunião que teve com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para negociar o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), um documento que os socialistas querem que "seja melhor, para todos e não apenas para alguns".

 

"Não vou fazer o relato da reunião que tive com o senhor primeiro-ministro. Posso, no entanto, dizer que o Governo e o senhor primeiro-ministro ficaram de analisar a proposta que o PS fez e nós vamos aguardar serenamente pelas conclusões e pela avaliação e pela análise que o Governo fizer das nossas propostas", respondeu aos jornalistas.

Aguardando a análise do Governo das propostas que levou a esta reunião, o líder do PS adiantou que não ficou nenhuma reunião marcada porque isso "dependerá do trabalho que o Governo agora fizer" sobre as medidas levadas pelos socialistas.

"Há margem para nós conversamos sobre estas propostas, não é pela sua exclusão, mas sim para nós conversarmos, para podermos afinar", assegurou, mostrando abertura negocial para as medidas do investimento público para habitação da classe média, o aumento extraordinário de pensões e um regime de exclusividade para médicos no SNS.

No entanto, Pedro Nuno Santos deixou claro que não aceitará que "o destino dado aos mil milhões de euros tenha o mesmo caráter ou a mesma natureza que o IRS Jovem, mas com outro nome".

O líder do PS aproveitou para referir que, desde o seu discurso de rentrée política, viu "alguns a perceberem" o que tinha dito e outros "a parecer que não queriam perceber".

"O Partido Socialista não pode viabilizar um orçamento de Estado que inclua aquelas medidas. Elas são erradas, elas são caras, elas são injustas, elas são ineficazes nos objetivos que o Governo enunciou. E, portanto, em coerência, nós não podemos viabilizar", insistiu, referindo-se ao IRS Jovem e ao IRC.

Segundo Pedro Nuno Santos, "isto não se trata de um dos lados perder a face".

"Reduz-se o debate sobre política, que dá resposta aos problemas do país, a um jogo de salvar a face de um líder político ou do outro líder político. Não é disso que se trata. A vida política não se pode tratar disso. Essa não é a questão, essa não é a nossa preocupação", assegurou.

Segundo o líder do PS, a preocupação é não dar o voto dos socialistas "a medidas que depois teriam um caráter estrutural e que seriam de difícil reversão e que seriam altamente lesivas da capacidade orçamental do Estado, das contas públicas e da capacidade de financiamento do Estado social".

"Portanto, o Partido Socialista não pode emprestar nem dar o seu voto a medidas que são negativas e não há nenhuma modulação destas medidas que as torne boas", reiterou.

[Notícia atualizada às 19h37]

Leia Também: Pedro Nuno propõe aumento de pensões e exclusividade para médicos

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