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"PS nunca teve nenhuma vontade real nem de viabilizar nem de negociar"

 O Chega considera que o líder do PS apresentou hoje ao primeiro-ministro propostas orçamentais inaceitáveis para qualquer Governo de centro-direita e que evitará o impasse político se os socialistas forem afastados e o executivo construir outro Orçamento.

"PS nunca teve nenhuma vontade real nem de viabilizar nem de negociar"
Notícias ao Minuto

27/09/24 20:10 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Política Orçamento do Estado

Estas posições foram transmitidas pelo presidente deste partido, André Ventura, no parlamento, em reação aos resultados da reunião entre o líder do executivo, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, sobre o Orçamento do Estado para 2025.

 

Uma ocasião em que adiantou que convocou um Conselho Nacional do seu partido para discutir a situação orçamental e em que se manifestou disponível para voltar a reunir-se com o primeiro-ministro. "Há alguma probabilidade de isso voltar a acontecer, mas não há ainda data marcada", referiu.

"Sem grande surpresa, o Chega acompanhou o que ocorreu entre o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS, porque este partido apresentou propostas que sabe que um Governo do centro-direita jamais poderá aceitar. O PS nunca teve nenhuma vontade real nem de viabilizar nem de negociar o Orçamento e quis hoje fazer um ato já de pré-campanha eleitoral", sustentou.

De acordo com André Ventura, Pedro Nuno Santos, ao dizer ao Governo que sabia que tinha o apoio do Chega para viabilizar uma descida do IRC ou concretizar o IRS Jovem, sabe também que o que está a dizer ao Governo é que cortem todas as amarras à direita e fiquem completamente dependentes do PS".

"Se isso acontecesse, o Governo e o PSD imediatamente perderiam a identidade que construíram neste parlamento e perderiam qualquer apoio que ainda subsistisse no centro-direita e na direita", advertiu.

Neste ponto foi ainda mais longe, avisando Luís Montenegro que "seria profundamente injusto e seria profundamente errado que um Governo que começou uma trajetória da descida de impostos aceitasse agora voltar atrás por exigência do PS".

A seguir, criticou a estratégia negocial até agora seguida pelo executivo PSD/CDS, dizendo que, pela sua parte, tudo fará para evitar uma crise política, embora não aceite "perder a face". E, por isso, para uma eventual viabilização do Orçamento com o voto favorável do Chega, André Ventura colocou basicamente duas condições, a primeira delas a seguinte: "Uma qualquer solução que passasse agora pelo Chega seria sempre uma solução que afastasse o PS".

Para sair da atual "situação de impasse orçamental", André Ventura assinalou que a sua segunda condição é o Governo construir "outro orçamento".

"É a única hipótese que há. O Governo tem que perceber que está numa situação de bloqueio democrático. Esse bloqueio democrático não foi causado por nós, mas, sim, pelo PS. Estamos à beira de uma nova crise política, com todas as consequências que isso tem para a economia, para as empresas, para as famílias, para toda a gente", disse.

Perante os jornalistas, referiu que, ao longo de meses, o Chega avisou e "o Governo olhou para o lado e não quis saber".

"Das duas uma, ou quer provocar eleições, e isso também é um cenário possível, ou foi o Governo responsável por criar um impasse do qual agora não sabe sair. As duas situações são más", acrescentou.

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