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BE questiona Governo sobre fecho de centro de atendimento no Alentejo

O Bloco de Esquerda (BE) pediu esclarecimentos ao Governo sobre o encerramento do Centro Local de Atendimento à Integração de Migrantes (CLAIM) de Sines por falta de financiamento, considerando ser necessária um solução para este problema.

BE questiona Governo sobre fecho de centro de atendimento no Alentejo
Notícias ao Minuto

28/09/24 19:30 ‧ Há 5 Horas por Lusa

Política Migrantes

O requerimento do grupo parlamentar do BE, entregue na passada quarta-feira no parlamento, e hoje divulgado, é dirigido ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

 

No documento, os deputados Fabian Figueiredo e Joana Mortágua questionaram o Governo sobre possíveis medidas que tenham sido levadas a cabo para colmatar a falta deste serviço, considerado essencial para a região do litoral alentejano e que diligência levou a cabo a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) para resolver esta questão.

Os deputados querem ainda saber se o Governo pondera avaliar a possibilidade de financiamento da Associação Cabo-verdiana de Sines e de Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, que geria este centro.

Segundo a Associação Cabo-Verdiana de Sines e Santiago do Cacém, em comunicado, o serviço de atendimento ao migrante, criado em 2003, foi encerrado no passado dia 13 deste mês devido à "falta de financiamento público" desde janeiro deste ano.

"O encerramento deve-se à falta de financiamento público desde janeiro de 2024, tornando insustentável manter os recursos humanos e os serviços ativos", alegou.

Para os deputados do Bloco de Esquerda, "é importante saber se o Ministério ou a AIMA têm alguma solução para este problema e de que forma será garantida a prestação deste serviço com dignidade e eficiência".

No requerimento, o BE referiu que aquela organização funcionava como CLAIM, "atendendo entre 400 e 500 pessoas por mês", e desenvolvia "projetos de apoio à população, como o programa Ocupacit@, que apoiava mais de 40 crianças" nos tempos livres.

"À semelhança de tantas outras organizações similares, esta organização estava dependente de financiamento comunitário e foi mais uma vítima dos cortes no Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI)", lê-se no documento.

De acordo com o grupo parlamentar, a região do litoral alentejano ficou "sem um CLAIM em funcionamento, o que é grave atendendo às características demográficas e económicas daquele território".

"Os autarcas da região insurgiram-se contra este encerramento e, segundo é veiculado nos meios de comunicação social, terão reunido com a AIMA para tentar encontrar uma solução para este problema. É que, segundo referem, estamos a falar da prestação de "serviços públicos essenciais e que, numa primeira instância, incubem ao Estado", sublinharam.

No entanto, "além das autarquias, não há qualquer iniciativa ou disponibilidade das instituições públicas com responsabilidades na matéria para a criação de mecanismos que garantam a prestação do serviço de atendimento à integração de migrantes", lamentaram.

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