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"Pressão" de Marcelo no OE: "Interesse nacional" ou "ameaça sobre povo"?

O Presidente da República veio a público defender que o Governo "deve perceber que o interesse nacional é mais importante" do que o programa. Fique a par das reações dos partidos às intervenções de Marcelo sobre o Orçamento do Estado.

"Pressão" de Marcelo no OE: "Interesse nacional" ou "ameaça sobre povo"?
Notícias ao Minuto

30/09/24 09:12 ‧ Há 4 Horas por Cátia Carmo com Lusa

Política Orçamento do Estado

Com o Governo e o PS divididos pelo IRS Jovem e IRC nas negociações do Orçamento do Estado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tem aproveitado as intervenções para fazer alguma "pressão" sobre os dois partidos e usar o poder do seu "magistério da influência".

 

Um dia depois do primeiro encontro entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, que se mostraram distantes mas não romperam logo o processo negocial, Marcelo veio defender que o Governo "deve perceber que o interesse nacional é mais importante" do que o programa e "não ser inflexível", alertando que, caso contrário, a decisão passará para o Chega, "o terceiro partido".

Mais tarde, depois de ter sido acusado de pressionar o Governo e os partidos, o Presidente recordou que um dos seus poderes é o "magistério de influência", que tem colocado em prática para lembrar que, por vezes, tem de se abdicar das próprias convicções políticas pelo bem do país.

OE2025?

OE2025? "Um dos poderes do Presidente é o magistério de influência"

Presidente da República admite que tem feito pressão e exercido influência na negociação do Orçamento, argumentando que, por vezes, tem de se abdicar das próprias convicções políticas.

Notícias ao Minuto com Lusa | 17:30 - 29/09/2024

"O Presidente da República, quando é eleito, um dos poderes que tem é o do magistério de influência - que é sempre que entender que há um tema muito importante para o país, exercer a sua influencia ou, se quiser, a sua pressão para que as coisas corram de uma maneira e não de outra", afirmou o chefe de Estado.

Esta ideia de que se um Orçamento chumbar o país vai para eleições, foi uma invenção do Presidente da República há uns anos e que não tem qualquer cabimento constitucional

Avisos que levaram a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a afirmar que o Presidente da República está a "condicionar a democracia" por usar as eleições como "uma ameaça sobre o povo".

"Esta ideia de que se um Orçamento chumbar o país vai para eleições, foi uma invenção do Presidente da República há uns anos e que não tem qualquer cabimento constitucional, cabimento democrático e cria uma pressão e chantagem permanente sobre os partidos", referiu Mortágua.

Avisos de Marcelo sobre o Orçamento do Estado

Avisos de Marcelo sobre o Orçamento do Estado "condicionam democracia"

A líder do BE, Mariana Mortágua, considerou hoje que as declarações do Presidente da República sobre a possibilidade de existirem eleições, caso o Orçamento do Estado chumbar, condicionam e contorcem a democracia.

Lusa | 12:41 - 29/09/2024

Pedro Nuno prefere "perder eleições" do que abdicar de "convicções"

Já depois das declarações de Marcelo, o secretário-geral do PS deixou claro que prefere "perder eleições" do que "abdicar das convicções" do partido e avisou que o "tempo da tática política acabou".

"Uma viabilização por parte do PS tem consequência. Não podia deixar de ter. Eu sei, mesmo cá dentro, há quem ache que devíamos viabilizar sem ver, mas para isso tinham de ter um secretário-geral diferente. Nós não viabilizamos OE sem ver. Era o que faltava", reforçou Pedro Nuno este fim de semana no 19.º Congresso Regional do PS, em Ponta Delgada, nos Açores.

Lembrou também que o PS só disse não querer "duas medidas em centenas de páginas" e apelou para que não se ilibe o Chega de "responsabilidades políticas" na "degradação da democracia portuguesa".

"Prefiro perder eleições do que abdicar das nossas convicções"

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, alertou hoje que prefere perder eleições a abdicar das suas convicções e reiterou, a propósito da negociação do Orçamento do Estado (OE), que o "tempo da tática política acabou".

Lusa | 15:21 - 29/09/2024

Do lado do PSD, o líder parlamentar, Hugo Soares, também se pronunciou sobre o Orçamento do Estado no fim de semana, à margem de um evento em Figueira de Castelo Rodrigo, na Guarda, para acusar de "total inflexibilidade vários agentes com grande responsabilidade".

Para o social-democrata, este período deve ser de "recato" para "defender o interesse nacional e ter sentido de Estado".

OE2025. Hugo Soares acusa

OE2025. Hugo Soares acusa "total inflexibilidade de vários agentes"

O líder parlamentar do Partido Social Democrata disse ter assistido a "demonstrações de uma enorme inflexibilidade por parte de vários dirigentes partidários com grande responsabilidade".

José Miguel Pires | 16:37 - 29/09/2024

Apesar da "pressão" de Marcelo, os dois partidos ainda não deram mais pistas sobre os próximos episódios do processo negocial. Aguarda-se a contraproposta que será apesentada pelo Governo ao PS esta semana, numa "tentativa de aproximar posições".

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