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OE? PSD confia "no bom senso e na prevalência do interesse nacional"

O líder parlamentar do PSD apontou hoje que PS e Chega continuam a votar juntos em várias circunstâncias na Assembleia da República e recusou alimentar "a novela" orçamental na fase da especialidade do processo.

OE? PSD confia "no bom senso e na prevalência do interesse nacional"
Notícias ao Minuto

19/10/24 10:31 ‧ Há 5 Horas por Lusa

Política PSD/Congresso

Hugo Soares falava à entrada para o 42º Congresso Nacional do PSD, em Braga, o primeiro numa década com os sociais-democratas no Governo e que junta 903 delegados, 197 participantes, 950 observadores, 145 convidados e mais de dois observadores.

 

Perante os jornalistas, o líder da bancada social-democrata começou por afastar uma ideia de preocupação face ao processo na especialidade de apreciação da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025, declarando que confia "no bom senso e na prevalência do interesse nacional de todos os partidos"

"Ouço todos os dias, comentadores, intervenientes políticos, a dizer que esta novela do Orçamento já se arrasta há demasiado tempo. Ouvimos o líder da oposição, Pedro Nuno Santos, garantir a viabilização do orçamento quer na generalidade, quer na votação final global. Ouvimos o líder do maior partido da oposição dizer que o PS ia ter responsabilidade na especialidade", assinalou.

Depois, deixou o seguinte o comentário: "Parece que já estamos a querer criar outra novela. Vamos ter serenidade, porque não se pode dizer que o processo se arrasta há tempo demais e, ao mesmo tempo, estar sempre a alimentá-lo".

Neste contexto, Hugo Soares considerou que as chamadas "coligações negativas" contra o Governo têm acontecido durante a presente legislatura.

"Estes seis meses foram marcados por um conluio entre o Chega e o PS. Ainda ontem [na sexta-feira] voltaram a aprovar juntos medidas com impacto orçamental", sustentou.

O presidente do Grupo Parlamentar do PSD afirmou que não se pode passar ao lado desse debate, porque isso já aconteceu com a questão das portagens, IRS e IVA da eletricidade.

"E ontem [sexta-feira] voltou a acontecer assim do ponto de vista da valorização das carreiras de docentes. O PS e o Chega são mais parecidos do que parece, porque eles unem-se de facto no parlamento, desta vez foi para aprovar um diploma do Livre. O Chega votou ao lado do PS um diploma do Livre. É bom que isto fique desmascarado aos olhos dos portugueses, porque é preciso que estas questões fiquem absolutamente claras", frisou.

Interrogado se o PSD tem receio do processo de discussão e votação do Orçamento na especialidade, Hugo Soares recusou.

"Agora é o tempo de o parlamento fazer o seu trabalho", disse.

Antes, sobre a questão orçamental, o presidente do Grupo Parlamentar do PSD advogou que, quando o secretário-geral do PS anunciou que iria viabilizar a proposta do Governo, "ficou a ganhar o país".

"O Orçamento para 2025 é um excelente Orçamento, porque, pela primeira vez na História democrática, não aumenta nenhum imposto, baixa impostos sobre empresas e sobre quem trabalha e prevê um excedente" no final do próximo ano, destacou.

Em relação ao congresso, Hugo Soares disse esperar que sirva para "galvanizar" o partido, sobretudo para as eleições autárquicas do próximo ano.

"O PSD quer conquistar a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE)", disse.

Em relação à renovação dos órgãos dirigentes do PSD, Hugo Soares, que é secretário-geral, remeteu essa questão para o presidente do partido, Luís Montenegro.

"As escolhas são dele. São conhecidas normalmente à última da hora. E já habituou o país que acerta nas suas escolhas", acrescentou.

[Notícia atualizada às 10h47]

Leia Também: PS a viabilizar OE "não surpreende" Chega. "Típico orçamento socialista"

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