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BE quer "desocultar" o que levou PSP a "mentir" no caso de Odair

Fabian Figueiredo juntou-se à manifestação de homenagem ao cidadão morto pelo agente da PSP.

BE quer "desocultar" o que levou PSP a "mentir" no caso de Odair
Notícias ao Minuto

26/10/24 15:43 ‧ Há 4 Horas por Cátia Carmo com Lusa

Política Bloco de Esquerda

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Fabian Figueiredo, acusou a Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) de ter mentido na primeira comunicação dos factos sobre a morte de Odair Moniz, na Cova da Moura, na última segunda-feira, e quer perceber o que levou a polícia a fazê-lo.

 

"Odair Moniz não tinha uma faca. É preciso desocultar porque mentiu a Direção Nacional da PSP. Devem dizer a verdade. Mais vale falarem menos e dizerem que se está a apurar os factos, do que está a mentir. Aqui não há duas posições. Estamos do lado do Estado de Direito democrático", afirmou Fabian Figueiredo.

O representante do partido defendeu um apuramento rápido dos factos que estiveram na base da morte de Odair Moniz e que sejam atribuídas responsabilidades.

"Portugal não pode continuar a tratar os bairros da periferia de Lisboa como tem acontecido, onde falta tudo. Falta a presença do Estado social, falta a escola, falta o hospital", disse o deputado do BE Fabian Figueiredo, em declarações aos jornalistas.

O representante do Bloco quis deixar claro que a única manifestação contra a polícia "é a do Chega" e colocou em cima da mesa a possibilidade de a Direção Nacional da PSP se demitir caso se venha a provar, em tribunal, que o comunicado "tem mentiras graves". 

"Todas as pessoas têm um dever de verdade. Quando ouço a polícia a falar, espero que diga a verdade. Quero uma polícia credível, que quando comunica diz a verdade, sobretudo quando tutelamos áreas tão estruturais como a segurança interna", sublinhou o líder parlamentar do BE.

Fabian Figueiredo deixou também claro que não considera que a "culpa é dos agentes da polícia individualmente", mas sim do "modelo de policiamento", que está "errado".

"Temos de retomar o policiamento de proximidade e fazer uma avaliação crítica da Direção Nacional da PSP", acrescentou.

Para o deputado, Portugal é um "país onde a igualdade perante a lei não existe em todos os seus territórios" e onde ser negro "significa ter mais dificuldades de acesso ao ensino superior, significa ganhar menos, significa fazer trabalhos que envolvem mais esforço físico", referindo que há "uma história sobre a violência policial em Portugal".

[Notícia atualizada às 19h33]

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