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Sérgio Sousa Pinto. "Em 60 dias, o que aconteceu foi o colapso do INEM"

O socialista Sérgio Sousa Pinto afirmou ainda que "o papel do Partido Socialista (PS) não é estar permanentemente a pedir a cabeça de ministros".

Sérgio Sousa Pinto. "Em 60 dias, o que aconteceu foi o colapso do INEM"
Notícias ao Minuto

16/11/24 09:22 ‧ Há 4 Horas por Notícias ao Minuto

Política INEM

O socialista Sérgio Sousa Pinto vincou que, "em 60 dias, o que aconteceu foi o colapso" do  Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em relação à crise no organismo, e recorda que "estamos a tratar de uma situação que envolve uma ministra que, antes das eleições, esclareceu que em 60 dias resolvia os problemas da saúde". "Esse é que é o pecado original", afirmou.

 

Em declarações à CNN Portugal, na sexta-feira, Sérgio Sousa Pinto defendeu ainda que “o papel do Partido Socialista (PS) não é estar permanentemente a pedir a cabeça de ministros".

"Há circunstâncias que não admitem outra reação, tem de ser mesmo dizer 'a pessoa em causa é manifestamente incapaz de lidar com um setor que não regista melhoras',  para usar linguagem médica", disse.

"Se eu acho que nos aproximamos da solução dos problemas defenestrando, regularmente os ministros da Saúde, como se fosse uma espécie de sacrifício ritual que fazemos para ver se as coisas melhoram, através dessas manobras catárticas, eu acho que não. Acho que mais vale aproveitar a experiência e as qualidades que certamente as pessoas não deixam de ter porque de outra forma não chegariam às posições de responsabilidade que têm, desde logo a ministra da Saúde. E ver se conseguem implementar o seu programa. As pessoas têm de ter tempo para implementar as suas ideias", afirmou o socialista, questionado sobre os vários pedidos de demissão da ministra da saúde, Ana Paula Martins, após a crise no INEM.

Sérgio Sousa Pinto questionou ainda o porquê da "perda de quadros" e "perda de funcionários" no INEM, cujos alegados atrasos e falhas no atendimento já levaram à morte de 11 pessoas.

"Porque evidentemente que se as condições de remuneração são baixas o que acontece é que as pessoas que estão lá estão sempre à procura de uma outra oportunidade e, quando ela surge, saem. E, depois, o que é que verificamos também? O que é que os números nos dizem? Os números dizem-nos que as pessoas que vão entrando não são suficientes sequer para substituir aquelas que vão saindo. Portanto, evidente que quando estamos a esticar uma instituição até ao seu limite, chegará o momento em que fica exposto diante de todos a realidade da situação do funcionamento da emergência médica em Portugal", respondeu o deputado, sublinhando as condições destes trabalhadores.

Até ao momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou oito inquéritos, sendo que um deles já foi arquivado.

Há ainda um inquérito em curso da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

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