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Pedro Nuno Santos afirma que há "irresponsáveis a governar o país"

O líder do PS pediu para não se continuar a "alimentar polémicas, nem dúvidas sobre o orçamento" e que o partido "já definiu o seu sentido de voto".

Pedro Nuno Santos afirma que há "irresponsáveis a governar o país"
Notícias ao Minuto

16/11/24 16:25 ‧ Há 5 Horas por Notícias ao Minuto

Política PS

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, criticou o Governo depois de ter sido questionado acerca das palavras do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares.

 

Na sexta-feira, Soares afirmou que a Aliança Democrática (AD) apresentaria uma proposta de redução de 2 pontos percentuais no IRC, se "a solução de compromisso" de baixar este imposto fosse recusada e pediu prudência e sentido de responsabilidade ao PS, evitando "cumplicidade" com o Chega nas propostas de alteração ao Orçamento para 2025 sobre aumento estrutural e permanente das pensões.

"Nós temos irresponsáveis a governar o país que, em vez de estarem concentrados a resolver os problemas e a resolvê-los com competência, não como têm feito com o INEM e com a saúde, mas com competência, estão concentrados na baixa política, na pequena política, no jogo, na tática. Nós não", atirou.

Em declarações à comunicação social, em Aveiro, continuou, afirmando que "verdadeiramente importante não é aquilo que carece de definição. O que é verdadeiramente importante é sabermos o que é que o Governo e o PSD vão fazer com a proposta do Partido Socialista para aumentar as pensões dos nossos reformados."

Para o líder do PS, o que interessa é "resolver os problemas dos portugueses" e não "inventar problemas que não existem". 

Questionado ainda sobre a possibilidade de o PSD não viabilizar a proposta do PS e sobre uma possível alteração do sentido de voto, Pedro Nuno Santos pediu para não se continuar a "alimentar polémicas nem dúvidas sobre o orçamento", acrescentado que "está ultrapassado" e que o partido socialista "já definiu o seu sentido de voto. Não estejamos sempre à procura daquilo que não é problema, isso não está em causa".

O secretário-geral do partido realçou ainda que "a questão do orçamento está resolvida", dizendo que "nós apresentamos propostas que desejamos que sejam aprovadas".

"Nós não vamos fazer nenhuma chantagem com nenhum partido político, nem com o Governo", salientou Pedro Nuno Santos.

Disse ainda que espera que "o Governo e o PSD apoiem o aumento das pensões" porque "se estavam disponíveis para reduzir o IRC em dois pontos percentuais e, portanto, em perder 600 milhões de euros de receita fiscal [...] que tenham menos do que 300 milhões para aumentarmos as pensões dos nossos reformados". 

"Acho que o Governo e o PSD, se estão preocupados com os portugueses, apoiam e votam favoravelmente na proposta do partido socialista [...]. Essa é a expectativa que nós temos" acrescentou o líder do partido socialista. 

Foi ainda questionado sobre as declarações do ministro das Finanças não acompanhar a proposta do PS e a quem iria pedir apoio. Pedro Nuno Santos salientou que "nós não pedimos apoio", afirmando que "estamos à espera é que a maioria do parlamento viabilize". 

Disse ainda que não ouviu as "essas declarações" do ministro das Finanças e que espera que "até ao momento em que se vote na especialidade o aumento das pensões dos nossos reformados, o PSD não falte ao país, não falte aos nossos reformados".

"Vamos ouvindo alguns discursos sobre os mais velhos que são absolutamente inaceitáveis", afirmou, acusando os partidos de "olhar para os mais velhos e para os reformados como clientelas eleitorais". Pedro Nuno Santo realçou ainda que "nós [PS] não. Nós olhamos com respeito para quem trabalhou uma vida inteira e construiu o nosso país e as nossas terras".

O socialista destacou que "esses portugueses ganham pensões muito baixas" e que o partido tem "uma obrigação de as aumentar", deixando uma crítica ao Governo e ao PSD ao afirmar que "em vez de inventarem problemas e criar crises que não existem concentrem-se, primeiro, em resolver os problemas com que se vão deparando e já agora apoiem e aprovem boas propostas como esta"

IRC?

Sobre o IRC, Pedro Nuno Santos salientou que não ia voltar a esse tema e defendeu que "é uma questão que está resolvida e nós temos é que olhar para os problemas que nós temos no país e não estar a inventar polémicas que não existem".

"Nós nunca viabilizaremos um orçamento de Estado que tenha uma redução de dois pontos percentuais do IRC, mas isso acho que é uma questão que é clara para todos", acrescentou o líder do PS. 

O secretário-geral do partido socialista voltou a frisar que "temos problemas prementes, desde logo, na saúde e um Governo que tem revelado uma incompetência atroz", dizendo que "todas as semanas temos anúncios de demissões de diretores, de médicos, isso tem gerado e gera nos portugueses um sentimento de profunda insegurança." 

Sublinhe-se que o PS anunciou, na sexta-feira, que vai viabilizar na especialidade a redução de um ponto percentual no IRC prevista no orçamento e recusou "alimentar as estratégias de distração" do Governo que acusou de "manobra política infantil e irresponsável".

PS viabiliza redução de 1 ponto no IRC e critica

PS viabiliza redução de 1 ponto no IRC e critica "manobra irresponsável"

O PS anunciou hoje à Lusa que vai viabilizar na especialidade a redução de um ponto percentual no IRC prevista no orçamento e recusou "alimentar as estratégias de distração" do Governo que acusou de "manobra política infantil e irresponsável".

Lusa | 22:17 - 15/11/2024

Leia Também: AD avança com redução de 2 pontos no IRC se "solução" de um ponto for rejeitada

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