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Universidade de Coimbra cria sensores para melhorar deteção de Parkinson

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu biossensores que podem diferenciar as estruturas de uma proteína ligada ao Parkinson, auxiliando na deteção da doença, anunciou hoje aquela instituição de ensino.

Universidade de Coimbra cria sensores para melhorar deteção de Parkinson
Notícias ao Minuto

09/10/24 11:02 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Tech Inovação

O projeto OLIGOFIT - Oligomer-Focused Screening and Individualized Therapeutics to target Neurodegenerative Disorders, através da FCTUC, tem contribuído especificamente para desenvolver estratégias de deteção da doença que se relacionam com marcadores proteicos conhecidos e a sua agregação, revelou aquela Faculdade, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

 

A doença de Parkinson é uma das várias condições classificadas como sinucleinopatias, que estão intimamente ligadas à presença da proteína alfa-sinucleína - responsável pela formação de depósitos anormais conhecidos como corpos de Lewy, que interferem com o funcionamento do cérebro.

"Este projeto centra-se na capacidade dessa proteína adotar diferentes formas de acordo com a sua agregação, que impactam na evolução da doença", explicou a professora do Departamento de Engenharia Química (DEQ) e investigadora do Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos (CEMMPRE), Goreti Sales, citada no comunicado.

Durante a investigação, "o projeto permitiu analisar monómeros, oligómeros e estruturas fibrilares da proteína, investigando a sua relevância para a doença e estudando meios capazes de capturar os agregados indesejados".

"No DEQ, desenvolvemos biossensores capazes de diferenciar as estruturas de alfa-sinucleína, uma vez que existe uma relação entre as manifestações clínicas e as estruturas agregadas de proteína", adiantou.

Além disso, estes biossensores poderão, no futuro, ajudar a monitorizar a evolução da doença.

"Vamos imaginar que um médico prescreve ao doente um medicamento que retarda a sintomatologia, os biossensores devem poder avaliar o efeito dessa medicação na formação desses agregados, antes até de a pessoa sentir o impacto da mesma", concluiu.

Segundo a FCTUC, esta investigação integrou uma equipa multidisciplinar e representa mais um passo na compreensão desta doença e na procura de tratamentos individualizados, contribuindo para uma abordagem mais eficaz no combate a esta condição.

A doença de Parkinson, uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e que se instala ao longo de vários anos, é habitualmente diagnosticada com base em sintomas cardinais, como tremores e rigidez de movimento.

No entanto, esses sinais indicam um estado mais avançado da doença, "que torna o diagnóstico precoce uma necessidade urgente", defendeu a FCTUC.

O projeto OLIGOFIT, liderado pela Universidade de Oxford, contou ainda com a participação de investigadores das universidades de Aarhus (Dinamarca), Coimbra (Portugal), Göttingen (Alemanha) e Warsaw (Polónia), bem como do Latvian Biomedical Research and Study Centre (Letónia).

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