"Pensei nisto durante 20 anos. E em vez de abrir uma escola abro seis"
O dançarino realizou mais um sonho ao abrir seis escolas de dança, como anunciou esta terça-feira. Um momento especial que o Fama ao Minuto fez questão de marcar presença.
© Global Imagens
Fama Cifrão
Depois de ter lançado a Online Dance Company, Cifrão dá vida a um novo projeto que nasceu quando tinha 17 anos. Foi nessa altura que começou a dar as primeiras aulas e que deu asas ao sonho um dia “poder ensinar dança nas suas condições e levar a dança, o ensino da dança, a um patamar nacional”.
Um desejo que foi concretizado agora, em parceria com a Holmes Place, como o dançarino anunciou esta terça-feira, dia 14, em Lisboa: Cifrão acaba de abrir seis escolas de dança (uma em Braga, outra no Porto, Coimbra e três em Lisboa), Cifrão Dance School.
“Isto é uma coisa em que ando a pensar desde que comecei a dar aulas. Tinha 17, 18 anos… Desde aí que tenho centenas de papéis escritos [sobre] como iria dar as minhas aulas, como é que seria a minha escola de dança, quem seriam os professores que iria convidar, como é que organizava os horários. Já pensei nisto durante 20 anos. E hoje, finalmente, em vez de abrir uma escola consigo abrir seis, o que para mim é mais do que esperava alguma vez", começa por dizer Cifrão ao jornalistas presentes.
O dançarino explica que não vai dar aulas, mas vai aparecer em muitas delas. “Vou voltar a ser aluno como sempre gostei. Claro que, de vez em quando, vou dar uma aula ou duas. Agora em agosto vou estar presente nas ‘open classes’ por todos os Holmes Place, depois vou aparecer de surpresa para fazer as aulas e, às vezes, ensinar. Mas nada marcado”.
Os professores das escolas foram “escolhidos a dedo”. “Sei porque é que eles estão aqui e que vão representar aquilo que acho importante num ensino de dança. São as pessoas que acho ideais para fazerem isto nesta forma, neste nível”, afirma.
Com mais um passo importante no mundo da dança, Cifrão sente-se um homem realizado. “Passados 20 anos, para mim, parece que estou a respirar. Preocupo-me muito com o ensino, penso sempre que a nossa educação deve conter dança. A cultura faz parte da história de um povo e nós temos culturalmente muita dança incluída".
E prossegue, enfatizando: “[a dança] fez com que a minha vida mudasse, não só por ser bailarino, mas enquanto pessoa eu era muito tímido e com a dança aprendi a olhar para as pessoas, a conseguir enfrentar a multidão que eu não conseguia. Aos 16 anos tinha vergonha de tudo, não conseguia falar numa aula com os meus alunos, com os meus colegas. A dança fez com que eu conseguisse enfrentar isso tudo".
Depois de ter concretizado este sonho, Cifrão está focado em levá-lo em frente da melhor maneira, além dos outros projetos. “Agora é pôr este sonho a funcionar e fazer com que isto seja realmente uma escola incrível. Depois há muito mais coisas. Tenho o Online Dance Company que vou remodelar este final de ano. O meu sonho é isto ser uma coisa gigante, mais ainda do que é”, diz, referindo que as seis escolas são apenas o início. “Há 18 Holmes Place espalhados pelo país e muito mais espalhados pelo mundo”.
'Dança com as Estrelas'
Sobre as recentes notícias que dão conta do regresso do programa ‘Dança com as Estrelas’, da TVI, que poderá voltar em setembro, Cifrão não confirma a informação, mas também não deixa de mostrar um carinho especial pelo projeto.
“Já ouvi muitos zunszuns durante estes anos todos… Acho que já está na hora e que as pessoas estão sempre a pedir. Acho que faz sentido e que temos muitas pessoas a querer fazer o ‘Dança com as Estrelas’. É um dos meus programas de coração”.
Questionado sobre se imagina os ensaios do programa serem feitos na sua escola, o dançarino afirma em tom de ‘brincadeira’: “Se forem espero que sejam todos”. Logo de seguida, faz questão de salientar que não vê este novo projeto como “concorrência”.
“O pessoal da Jazzy [Dance Studios] estiveram cá todos hoje. Eu estou presente nas escolas deles e nas inaugurações deles. Vou começar uma escola do nível zero. Vou buscar as pessoas que vão começar a dançar agora, não quero roubar ninguém de nenhuma escola. Quero fazer os meus alunos, criar os meus alunos. Acho que nunca é demais haver escolas de dança, pessoas a lutar pela dança".
Relação de longa data com Noua Wong
Quem não faltou ao evento foi a companheira de Cifrão, Noua, com quem mantém uma relação há cerca de 12 anos.
Durante o discurso de apresentação do novo projeto, o dançarino fez questão de deixar algumas palavras de agradecimento à namorada, que o tem acompanhado e apoiado. Em conversa com os jornalistas, Cifrão também falou sobre o seu amor e da relação duradoura.
“Ela é a pessoa mais incrível que conheço no mundo inteiro. Só quem a conhece percebe o que estou a dizer. Sinto-me um privilegiado por ter sido eu a conseguir agarrá-la. Durante estes 12 anos não há um dia em que não pense nisso. Ela é a pessoa mais bondosa, incrível… Para mim, é uma sorte estar com ela”, disse com um sorriso apaixonado.
Acima de tudo, o mais importante para o casal é a amizade. “Antes de sermos namorados já éramos amigos. Conheci-a quando ela tinha 13 anos e eu tinha 17/18. Não senti esse amor quando nós nos conhecemos porque ela era uma criança. Só comecei a reparar nela muito mais tarde quando apareceu à minha frente e já era uma mulher. A nossa relação foi crescendo de uma amizade para aquilo que é agora um amor incrível. É difícil explicar isso. Faz tudo sentido, os nossos amigos são os mesmos desde que nos conhecemos, desde que entrámos na dança. Dançamos os dois, vivemos a dança da mesma maneira, trabalhamos juntos, nunca nos chateamos… com ela tudo é fácil”, assegura.
Para Cifrão, o que o cativou mais na companheira foi, sem dúvida, o seu “espírito livre”. “A minha namorada tem um espírito que não existe, ninguém tem. O espírito dela é da Disney. Ela é uma personagem da Disney e vai ser até ir embora deste mundo. É um espírito livre, como não existe. É isso que me apaixona mais”.
Sobre o futuro do casal, como o facto de vir a ter ou não filhos, Cifrão não nega que já começa a pensar em aumentar a família, mas não há pressa. “Não demos ainda o passo para os ter, mas claro que sim. Eu já tomo bem conta dos filhos dos outros. Já os ensino a nadar, já troco as fraldas… Já estou a treinar. Nunca é tarde. Temos de fazer as nossas coisas todas e quando acontecer, aconteceu e há-de ser sempre bem-vindo”, remata.
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