"Lá fora com este filme estaria possivelmente um ano sem trabalhar"

Estivemos à conversa com Albano Jerónimo na apresentação da nova temporada da SIC.

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Mariline Direito Rodrigues
13/09/2019 10:22 ‧ 13/09/2019 por Mariline Direito Rodrigues

Fama

Albano Jerónimo

Albano Jerónimo é um dos atores que integra o elenco da nova novela da SIC - 'Nazaré'. Na produção, o artista irá dar vida ao seu primeiro vilão, desafio que se revelou bastante interessante. "É surpreendente, também foi para mim. Foi o tipo de personagem que nunca tinha feito em novela, não é um vilão convencional", faz saber. 

Questionado acerca das suas declarações anteriores, nas quais referia que o seu contrato com a SIC tinha terminado com esta produção, Albano explicou. "Durante o meu percurso todo tenho sido freelancer a maior parte do tempo e gosto muito. Acho que é um estímulo profissional ótimo mudar de casa, mudar de sítio. É saudável tanto para mim como para quem me contrata. Vamos sempre angariando experiências nos canais e nos trabalhos". 

"A nossa profissão é assim. O sinónimo de ser ator é insegurança. Mas digamos que por razões óbvias já nos vamos habituando, eu e todos os atores que aqui estão", acrescentou. 

Mas não é só em Portugal que o artista está a dar cartas. Lá fora também está a ser bastante aclamado com o filme 'A Herdade', de Tiago Guedes. "Estivemos em Veneza [no Festival de Cinema]. Correu lindamente, as reações foram ótimas, agora também vamos para o Festival Internacional de Toronto. É assim absolutamente único para um filme português. Vamos estar para o ano nos [Prémios] Goya. Perspetivas são sempre muito limitadas. Têm sempre o prazo de 24 horas para mim". 

"Gosto de experiências novas, se passar pelo estrangeiro ótimo, se não passar ótimo na mesma. Nunca tive esse sonho, o 'american dream', sempre quis sim ter uma montra lá fora pelo trabalho feito cá. Estou a tentar aproveitar isto ao máximo, porque não se repete", sublinha. 

Entretanto, deixa uma crítica para a forma como a representação é ainda desvalorizada em Portugal. "Há um reverso que é a condição de ser ator neste país. Infelizmente temos de conciliar coisas, porque a escassez orçamental é de tal forma, que forçosamente temos de conciliar trabalhos. Lá fora, em Espanha mesmo aqui ao lado, alguém que tivesse feito um filme como 'A Herdade' estaria possivelmente um ano, descansadamente, sem trabalhar. Cá não, por um lado tenho a  sorte de ter esse trabalho, mas por outro também há este lado que temos de pesar na balança". 

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