Apesar de não estar atualmente na terra natal, Iva Lamarão não fica indiferente às notícias que chegam do local. Natural de Ovar, onde vivem os pais e a irmã, a apresentadora abriu o seu coração em conversa com Júlia Pinheiro, na tarde desta segunda-feira, no programa 'Júlia'.
Com a região em estado de calamidade pública devido ao novo coronavírus, Iva mostrou-se preocupada com a família.
"Eu não estou em Ovar porque por questões de trabalho fui ficando por Lisboa. Também por uma questão de sensatez e por perceber que os meus pais estão numa idade de risco, achei que o melhor que faria era estar um pouco longe deles nesta altura", começou por explicar, referindo que os progenitores e a irmã estão "em casa isolados".
"Às vezes com alguma dificuldade de os convencer porque a vontade é de sair. Especialmente o meu pai, mas tenho tentado que fiquem em casa", partilhou, não deixando de destacar que os pais também "estão sempre a acompanhar as noticias e têm consciência de que o estado de calamidade é realmente grave". "De certeza que não foi tomado de ânimo leve. Foi tomado com a intenção de prevenir novas infeções e proteger a população e todas as gentes de Ovar", frisou.
Iva Lamarão descreve que estes últimos dias na região têm sido calmos. A irmã é a única que tem saído de casa para ir às compras e apenas quando é mesmo necessário. "Aquilo que a minha mãe conta é o que vê através da janela. Há muito pouca gente na rua, praticamente ninguém. As pessoas em Ovar estão mesmo a respeitar a ordem de restrição", destacou, contando que a progenitora "nem vê a roupa estendida nos quintais".
"As pessoas têm receio, estão a acatar as ordens e isso dá-me alguma serenidade porque percebo que estão conscientes de que é preciso ter realmente este tipo de atitude neste momento para que estejamos todos juntos e tudo isto passe o mais rapidamente possível", disse, confessando estar "com muitas saudades" da família e amigos que vivem na sua terra natal.
"Eu estou longe, mas sempre que era preciso eu pegava no carro e ia ter com eles, ou eles vinham ter comigo. Neste momento estamos privados disso e não sei quando é que vou poder sair daqui, de Lisboa, porque também estou em isolamento, e ir ter com eles. Temos falado por videochamada, mas não é a mesma coisa", lamentou.