A Rainha Isabel II vai dirigir-se de novo aos britânicos no dia 8 de maio, no âmbito das comemorações do 75.º aniversário do Dia da Vitória dos exércitos aliados sobre as tropas nazis, cujos festejos foram reduzidos devido à pandemia Covid-19.
A monarca vai ler uma mensagem às 21h00, a mesma hora a que o pai, Jorge VI, falou para a rádio, em 1945, anunciou hoje o ministério da Cultura, responsável pelo programa de celebrações.
A comunicação de Isabel II pela televisão será a segunda no espaço de cinco semanas, após uma intervenção no início de abril à qual assistiram mais de 24 milhões de pessoas.
Logo a seguir, os britânicos são encorajados a vir à janela ou porta para cantar em coro a popular canção 'We'll Meet Again', de Vera Lynn, composta no início do conflito para tentar encorajar o país, a qual a rainha citou a propósito do desafio colocado pelo novo coronavírus.
O 8 de maio de 1945 passou a ser designado o Dia da Vitória na Europa [VE Day] por ter sido a data em que os países Aliados aceitaram a rendição condicional da Alemanha nazi, pondo fim à Segunda Guerra Mundial na frente europeia, levando centenas de milhares de pessoas a celebrar nas ruas de Londres.
O Rei Jorge VI e primeiro-ministro, Winston Churchill, saudaram os populares da varanda do Palácio de Buckingham, enquanto a então jovem princesa Isabel e a irmã Margarida se juntaram à multidão para celebrar nas ruas da capital.
A efeméride levou o governo de Boris Johnson a mudar o habitual feriado da primeira segunda-feira de maio para a sexta-feira, 8 de maio, tendo inicialmente previsto uma série de eventos nas ruas, como desfiles com veteranos em várias partes do país e a permissão aos bares para ficarem abertos mais duas horas, até à 01h00, no fim-de-semana.
Porém, devido ao regime de confinamento decretado em 23 de março e às medidas de distanciamento social que visam proteger as pessoas mais vulneráveis, em especial os idosos, o programa foi alterado.
O Reino Unido registou 21.678 mortos durante a pandemia covid-19, de acordo com o balanço de terça-feira do ministério da Saúde britânico, que a partir de hoje, pela primeira vez, também vai passar a incluir informação sobre os óbitos fora dos hospitais.