Foi na emissão desta segunda-feira, 13 de julho, do programa 'A Tarde É Sua', da TVI, onde esteve como convidado, que Toy decidiu partilhar a sua opinião sobre a liberalização das drogas leves e da prostituição. O cantor mostrou-se a favor de ambas, mas não ficou por aqui.
A eutanásia foi o tema principal da conversa que iniciou com Mónica Jardim, que está à frente do programa enquanto Fátima Lopes está de férias. Sobre este assunto, o cantor confessou que não tem uma opinião formada por ser um tema tão delicado.
Ao falar do casamento pela igreja, que aconteceu em setembro do ano passado - depois de ter dado o nó pelo civil em 2009 -, o artista afirmou: "Faltou tanta gente. Vou fazer [uma segunda edição do casamento], o Covid é que não deixou. [...] Em 2021 tenho que ganhar dinheiro para depois fazer a segunda edição em 2022".
De seguida, acrescentou: "A vida é tão curta, nós temos tão pouco tempo e quanto mais vamos sentindo que estamos próximos da meta, vamos percebendo que queremos tanta coisa ainda... Tanta coisa para fazer e é tão difícil conseguir fazer tudo".
Com 57 anos, Toy explicou que "a idade não o assusta". No entanto, destacou: "Assusta-me é o chegar ao fim... Há um dia que isto vai chegar ao fim".
"Tenho o meu pai com 95 anos que esteve agora uns dias lá em casa, estava a passar uma fase mais complicada... Agora voltou para a casa de repouso onde é muito bem tratado e recebido, mas não é fácil sentirmos que pessoas dinâmicas, que tiveram uma capacidade inacreditável de gerir tudo e, de repente, são um bocadinho aquilo que nós quisermos que sejam e isso faz-me confusão. Costumo dizer isto com alguma piada, que quando for impotente quero morrer - e quando digo impotente não estou só a falar da impotência sexual, é a impotência a todos os níveis porque, de facto, se não vale a pena andarmos aqui, o que é que andamos cá a fazer? Não quero chegar àquele ponto", partilhou.
"Vejo, no entanto, outras pessoas como o Ruy de Carvalho, que é para mim uma referência fantástica", destacou, citando de seguida a famosa frase de René Descartes: "Penso logo existo".
"Quando as pessoas deixam de pensar, não existem. Portanto, só estarem por estar... Não sei... Isto é aquela tal questão que se discute muito na assembleia que é a eutanásia e que eu não tenho opinião própria. Para mim é muito difícil. Costumo dizer que quando as coisas me ultrapassam, tenho que aceitar e acreditar nas instituições, na história", realçou.
E foi neste momento que Toy explicou que há temas dos quais faz questão de ter uma opinião. "Sou a favor da liberalização das drogas leves, da liberalização da prostituição porque acho que se eu pago impostos, toda a gente que faz negócio em Portugal tem de pagar impostos, independentemente do tipo de negócio. E se eles existes têm de ser considerados. Aí não tenho problema em ter opinião porque a idade é um posto e esse posto já me sugere ter esta opinião direta e conclusiva. Em relação à eutanásia, aborto, que tem a ver com a vida humana, aí as coisas já se complicam", rematou.