"Não temos motivos para rir", diz Pedro Fernandes ao falar da pandemia
O apresentador da TVI mostrou-se desagradado com os que não têm respeitado as medidas para travar os casos de Covid-19.
© Instagram_pedrofernandes_oficial
Fama Pedro Fernandes
"Hoje é o dia internacional do riso. Mas hoje não temos muitos motivos para rir. O milagre português transformou-se afinal no pesadelo português", foi com estas palavras que Pedro Fernandes começou a recente publicação que fez na sua página de Instagram, onde fala sobre a pandemia.
"Foi quase há um ano que a pandemia chegou a Portugal e eu nunca menosprezei este vírus. Não fui a encontros familiares, não fui a eventos, almoços e jantares, passei a encomendar tudo online, a pedir comida para casa, a treinar online, a fazer rádio em casa, o meu filho festejou o aniversário só connosco e os avós vinham visitar-nos à distância e no exterior. Alguns diziam que estava a exagerar. Mas era a minha forma de lidar com o desconhecido. Era a nossa forma cá em casa de nos protegermos, protegermos os nossos filhos e aqueles de quem mais gostamos e assim proteger os outros", recordou, lembrando a chegada da Covid-19 a Portugal.
"Com o abrandamento dos números voltámos à rádio mas em estúdios separados e separados por acrílicos (como ainda estamos hoje), fui almoçar fora meia dúzia de vezes e em esplanadas quando o bom tempo ainda permitia, voltei a treinar na box mas para treinos fora de horas de ponta e onde as distâncias eram amplamente respeitadas, fui duas vezes ao shopping e nunca para passear e na loucura fomos almoçar duas ou três vezes aos meus pais e sogros, ficámos sentados em pontas opostas da mesa e só tirávamos a máscara para comer. Porquê? Porque tinha de ser assim. Porque isso era o que a nossa consciência ditava. Era o mínimo que podíamos fazer por todos os que sofriam na pele as consequências da pandemia. Nós os sortudos que continuávamos a ter trabalho e saúde enquanto outros perdiam tudo", acrescentou, mostrando-se ainda desagradado com todos os que não têm respeitado as medidas para tentar travar a pandemia.
"Enquanto isso outros faziam as suas vidas normalmente como se nada se passasse. Sem respeito nenhum pelos mortos nem pelos profissionais de saúde que trabalham sem descanso e muitos sem poderem sequer ver os seus familiares. Sem respeito por ninguém que fez sacrifícios. Hoje é o dia internacional do riso mas a continuar assim fica cada vez mais difícil rir", rematou.
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De recordar que Portugal está a viver uma fase muito crítica por causa do grande aumento dos casos do novo coronavírus. Ainda esta segunda-feira, o Primeiro-Ministro anunciou um 'aperto' nas medidas do confinamento para tentar travar a pandemia.
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