"Ao enterrar o meu amigo estava a enterrar o egoísta que tinha sido"
João Mota falou sobre a dura perda do seu animal de estimação, o cão Boston.
© Reprodução - SIC
Fama João Mota
João Mota foi o mais recente protagonista do programa da SIC 'Alta Definição', onde recordou aquele que diz ter sido o "pior dia da sua vida", nomeadamente, quando teve de mandar abater o seu cão, Boston, que adotou aos 19 anos de idade.
"No Natal passado tive de abater o meu cão, colocá-lo a dormir. Foi o meu cão mais velho, o Boston. Descobrimos que ele tinha um tumor e deram-lhe dois anos de vida. Depois eu cheguei lá nesse Natal, já tinha passado um ano meio, olhei para ele e aquilo estava horrível, tinha ali uma massa com sangue e tudo mais, estava muito feio. Soube desde o momento que olhei para ele que isso ia acontecer, que tinha de tomar essa decisão. Foram dias muito duros, porque ia passear com ele e sabia que eram os últimos passeios, foi o meu companheiro", lamenta.
Entretanto confessa um arrependimento que ainda hoje guarda: "O que mais me custa nisto tudo é que eu podia ter sido muito mais para ele, só que a vida mudou-me as voltas e eu nunca consegui estar suficientemente presente, como queria".
Foi por isso que o ator de 'A Serra' quis estar presente em todo o processo: "Vê-lo partir foi muito duro, eu quis fazer tudo. Eu próprio fui colocá-lo com as minhas mãos à terra. Senti que era uma forma de ao enterrar o meu melhor amigo estava a enterrar o egoísta que tinha sido".
"Foi duríssimo, tirou-me anos de vida. Todas as vezes que lá vou estou ali em silêncio, peço-lhe desculpa. O erro que cometi tem que me tornar melhor, porque não posso fazer mais do que isso", completa.
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