Já foram muitas as celebridades portuguesas que recorreram às redes sociais para reagir às notícias que chegam do Afeganistão.
E a onda de indignação e apelos continua a espalhar-se pela Internet. "Ninguém pode ficar indiferente... Sabíamos que era muito mau, mas acho que não tínhamos a verdadeira noção da condição feminina no Afeganistão e que agora regride com a tomada do poder pelos talibãs. É a total insignificância do ser humano Aqui está a lista de proibições impostas à mulher! Quantas vidas são necessárias perder? Que mundo é este?", disse Sónia Araújo numa publicação onde partilha o post de Nuno Markl, que traduziu para português a lista de proibições talibãs relativas às mulheres.
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Já Eduardo Madeira comentou as imagens de um avião militar dos EUA lotado com centenas de refugiados afegãos a bordo. "650 pessoas amontoadas num avião. Uma imagem dantesca do desespero. Vale tudo para escapar ao horror. EUA e Europa lavam as suas mãozinhas. China e Rússia é para lado que dormem melhor. Assim vai o mundo", destacou.
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Por sua vez, Cristina Ferreira partilhou na sua página de Instagram a capa do jornal Marca sobre o Afeganistão. "Só pensar", acrescentou a apresentadora.
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Também Catarina Raminhos fez questão de reagir na mesma rede social. "[...] Não posso ficar indiferente às atrocidades que se vivem no Afeganistão - considerado o pior país do mundo para se ser mulher. Só esta conclusão de um estudo já é angustiante. No Afeganistão, as mulheres estavam em maioria nas universidades - mas desde o regresso dos talibãs passaram a ser impedidas de entrar. Todos os dias, centenas de mulheres são levadas das suas casas - raptadas, portanto - para se casarem com os líderes e se tornarem escravas sexuais. Crianças a partir dos 12 anos incluídas neste filme de terror - que a mim, mãe de três meninas, me tira o tapete e me deita ao chão", começou por escrever.
"Acho que se todos formos partilhando a nossa posição, poderá haver uma outra saída para estas mulheres a quem tiraram tudo: voz, rosto, personalidade, poder de decisão e dignidade. Que a onda de revolta chegue mais longe", acrescentou.
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"Não se consegue. Não se consegue fugir ao trânsito de imagens e comentários e interrogações quando olhamos para o que está a acontecer no Afeganistão". Começou por dizer o ator João Reis, partilhando também a imagem do avião militar dos EUA lotado com centenas de refugiados afegãos a bordo.
"Isto são apenas os primeiros sinais de um dos vulcões mais activos do mundo no que diz respeito a interesses estratégicos. Rússia, China e Paquistão são parte da tríade interessada num desfecho que lhes seja favorável. Por razões diferentes mas sempre com a premissa de um acordo ou de negociações futuras com o regime talibã", continuou.
"Perante esta ascensão e domínio dos talibã podemos perguntar: o que andaram os americanos ali a fazer durante vinte anos? Bom, em vinte anos não se muda nada. Estruturalmente, pelo menos. Mas a maquilhagem serviu pelo menos, o que já não é pouco, para dar às mulheres e raparigas afegãs o direito à educação e a uma maior autonomia e dignidade. E acho que é aqui que o futuro está seriamente comprometido, porque uma mudança de paradigma, a acontecer, vai nascer com as afegãs, mas não em vinte anos! Da Europa, atordoada pela pandemia e pelos incêndios, o que podemos ainda esperar para além das repetidas e monótonas reprovações oficiais? Nada. Em Agosto é difícil", rematou.
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