"Sinto-me impedida de exercer a minha profissão por razões políticas"

A atriz Carla Chambel usou as suas redes sociais para se mostrar "indignada e revoltada" com o facto de ter visto a sua peça de teatro ter sido adiada por uma queixa feita à Comissão Nacional de Eleições.

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© Facebook/Carla Chambel

Notícias ao Minuto
11/09/2021 08:45 ‧ 11/09/2021 por Notícias ao Minuto

Fama

Carla Chambel

"O espetáculo 'Medeía foi adiado", começa por revelar Carla Chambel, que recebeu esta notícia com enorme tristeza e revolta. A atriz faz parte do elenco principal da trama, que se preparava para brilhar no Fórum Cultural de Alcochete. 

"Não, não houve nenhum surto de nenhum vírus pandémico. Ou talvez um outro tipo de doença esteja impregnada nas mentes de quem atua desta forma, a prejudicar o público, a Cultura e os seus profissionais", começa por lamentar a atriz, que num desabafo onde se revela profundamente indignada revela o motivo insólito que levou ao adiamento do seu espetáculo. 

"Uma queixa feita à Comissão Nacional de Eleições, por um partido da oposição, fez com que a mesma comissão emitisse um parecer de adiamento de todas as iniciativas culturais programadas pelo Município de Alcochete, até à data das eleições. O que significa que durante as duas próximas semanas não haverá teatro, nem concertos, nada", conta. 

"Diga-se que isto é cingido ao concelho em questão, mas imaginem se isto se tornasse prática em todo o país. É um precedente gravíssimo, sinto-me impedida de exercer a minha profissão por razões políticas e isto cheira-me a outros tempos. Estou indignada, revoltada, profundamente triste por não pisar o palco ao lado dos meus colegas, e não chegar ao público por razões destas", termina, deixando clara a sua indignação.

Nos comentários da publicação, foram muitos os artistas a mostrarem-se solidários com o momento pelo qual a a atriz está a passar e a declararem-se igualmente revoltados com uma decisão que consideram "ilegal e inconstitucional".

"Carla, o 'adiamento de iniciativas culturais' não está no âmbito das competências de nenhuma CNE! A Assembleia da República não lhes deu poder para tal. E desde quando um parecer tem força executiva? Tudo isso é ilegal e inconstitucional. Partilho a revolta", escreve Sofia Grillo. 

"Carlinha, que absurdo!! Que revolta", lamenta Joana Seixas.

"É inacreditável, querida Carla. Preocupante e revoltante", aponta ainda Iolanda Laranjeiro. 

Leia Também: José Raposo recorda espetáculos com Maria João Abreu e deixa apelo

 

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