Cancro? "Não esqueço a força que muitas mulheres me deram. Foi incrível"

Como manteve o otimismo, a feminilidade e o regresso à 'normalidade'. Joana Cruz falou-nos da luta contra um cancro da mama.

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Rita Alves Correia
22/10/2021 09:00 ‧ 22/10/2021 por Rita Alves Correia

Fama

Joana Cruz

Em agosto passado, Joana Cruz celebrou o sucesso da operação ao cancro da mama que lhe foi diagnosticado em dezembro de 2020. Para trás, ficaram meses de uma luta intensa que o país acompanhou de perto.

A locutora da RFM expôs publicamente cada capítulo da batalha contra a doença e inspirou milhares de mulheres através do permanente sorriso no rosto.

De regresso ao trabalho e a retomar a paixão pelas viagens, a radialista conversou com o Fama Ao Minuto sobre o otimismo inabalável que manteve durante os tratamentos e o 'virar de página' que vive agora. 

Está quase a completar um ano desde que soube que tinha um tumor. Como recorda esse momento?

Com nenhuma saudade, mas com a certeza de que temos de estar atentas ao nosso corpo. Claro que na altura fiquei bastante apreensiva, mas tranquila até ao momento de ter resultados. Até se saber, não vale a pena ficar com nervos. Porque nem sempre é alguma coisa…

A calma e a tranquilidade ajudam muito ao processo

Como reagiu à notícia?

Com tranquilidade. O pensamento primeiro foi: vamos lá tratar desta situação. Vista muito a tempo, felizmente.

Manteve-se otimista desde o início?

Sempre. A calma e a tranquilidade ajudam muito ao processo.

A família e amigos partilharam da sua energia positiva?

Sim, sem dúvida. Acho que a partir do momento em que me viam calma e otimista, adotaram a mesma postura facilmente!

Os tratamentos coincidiram com a pandemia e ainda com um período de confinamento. O que foi mais difícil em todo este processo?

Foi uma ótima coincidência. Claro que me isolou fisicamente um pouco mais do mundo, mas assim estava tudo recolhido. Só ficava apreensiva nas idas ao hospital, mas até isso se revelou ser bem controlado.

Senti-me sempre bem comigo e, se não acontecia, fazia por isso 

De que forma se distraía?

A pensar na remodelação da casa, em muitas videochamadas e muita série em atraso.

Fez uso das redes sociais para ir relatando todo o processo e tentou dar alguma leveza à doença, nomeadamente com o uso de perucas diferentes. A sua feminilidade nunca se sentiu ‘atacada’?

Nunca. Senti-me sempre bem comigo e, se não acontecia, fazia por isso, como é o caso do uso de perucas e maquilhagem.

Não esqueço a força que muitas mulheres me deram 

Por que razão sentiu necessidade de ir expondo sempre a evolução da doença e tratamentos nas redes sociais, quando a grande maioria opta por um maior recato nestas fases mais delicadas?

Porque não queria desaparecer da RFM sem explicar e no primeiro momento em que partilho, sinto uma vaga de boa energia do outro lado para continuar a partilhar o que pode acontecer a qualquer ser humano.

Certamente que foi uma inspiração para outras mulheres. O que lhe disseram e que não esquece?

Não esqueço a força que muitas me deram, porque já tinham passado ou se mostravam solidárias e inspiradas. Isso foi incrível!

Estamos em outubro, o mês de prevenção contra o cancro da mama. Qual a sua mensagem às mulheres que iniciaram agora as suas lutas contra esta doença?

Que se mantenham calmas e consigam ver tanta coisa boa que a vida tem, mesmo nos momentos mais complicados. E continuem ou voltem a tratar bem delas próprias, já que são a pessoa mais importante das suas vidas! Antes de todos os outros!

Faço o que amo e isso é a maior bênção!

Está agora numa nova fase, de regresso à RFM. Que gosto tem retomar a normalidade?

Voltar a estar com amigos colegas e com o público. Faço o que amo e isso é a maior bênção!

Já confessou que pretende viajar em breve para um destino quente. Já sabe para onde vai?

Brasil do meu coração!

Podemos esperar vê-la de regresso ao ADN de Leão?

Em princípio volto a colaborar com o Sporting, mas num outro projeto ainda a ser elaborado.

O que nos pode revelar sobre projetos futuros?

Nada de mais: só continuar a ser feliz e a fazer os outros felizes.

Leia Também: "Sou mais feliz agora do que antes de ser diagnosticado com leucemia"

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