Leandro reage a polémica. "Não admito que me faltem ao respeito"
O cantor decidiu, à última hora, não fazer o concerto marcado para o 'Natal dos Hospitais', da RTP1.
Fama Leandro
Depois de ter tornado a sua decisão pública, Leandro recorreu ao Facebook para fazer um direto onde explica detalhadamente as razões para não ter atuado no 'Natal dos Hospitais', da RTP1.
O cantor já tinha explicado que não "não se enquadrava na programação", assunto que voltou a ser discutido.
"[...] O que aconteceu no canal da RTP nada teve a ver com os profissionais da RTP, neste caso com o pessoal todo da RTP, teve a ver apenas com uma única pessoa chamada Cristina, que é a diretora ou a pessoa que marca os artistas", começou por destacar.
"Ao longo de dez anos estive numa editora em que fui rotulado como um cantor de música popular portuguesa, o chamado pimba. Nada contra os meus colegas, mas não é o meu registo musical. O meu registo musical é um cantor romântico", lembrou, afirmando que "sofreu muito com esta situação porque havia muitas portas que queria abrir e não conseguia por causa do rótulo".
"Tomei a decisão de seguir o meu caminho, rescindir o contrato, abri a minha própria editora, o meu escritório, o meu estúdio... Mas o que está aqui a acontecer é que houve muita gente que ficou um bocado ressabiada com esta situação, e então tentam de todas as maneiras cortar as pernas", continuou.
"O que aconteceu hoje foi muito simples. Não me enquadrava no registo da parte da manhã do programa da RTP, musicalmente, e decidi não subir ao palco porque não era um registo com o meu nome, com a minha carreira, se enquadraria no programa", frisou.
"Se há gente que não se importa com isso, eu importo-me porque tenho um estúdio, tenho muito dinheiro investido, trabalho todos os dias, projetos novos, projetos para a minha carreira, procuro inovar a minha carreira, procuro dar sempre o melhor de mim ao meu público", detalhou.
“A Cristina achou por bem pôr-me num leque de artistas de música popular. Quando cheguei lá e percebi que não era o meu registo musical, simplesmente me neguei de subir ao palco porque as pessoas têm que respeitar a tua carreira, o teu trabalho", acrescentou, pedindo para que não confundissem "humildade com frontalidade".
"O mercado da música anda um bocadinho pobre. As pessoas andam a desvincular um bocadinho a música. Muitas vezes não somos considerados artistas. O nosso próprio governo acha que é apenas um passatempo, que temos outros trabalhos", salientou.
"Será que esta pessoa, a Cristina da RTP, metia um Tony Carreira, um Marco Paulo a fazer a parte da manhã? Acho que não… Portanto, as pessoas têm que ter noção… E já tive muitos problemas com esta pessoa em si e desde que saí da editora senti alguma dificuldade em tentar marcar programas de televisão… Não sei porquê, não sei se é coincidência ou não, mas há outros artistas que sentem o mesmo… [...] Têm que que respeitar a música, os artistas e o que eu fiz voltaria a fazer, no momento em que sinta que não me estão a respeitar… [...] E não é falta de humildade, mas sim carácter. Tenho carácter e não admito que me faltem ao respeito", disse.
Leandro continuou o direto a relatar que "até ameaças já recebeu". "Recebi mensagens de colegas meus, indignados. Não sei porquê?! Deviam era estar indignados quando aceitam [...] fazer bares, cafés, por 150, 100, 200 euros. Isso é que deviam ficar indignados porque estragam o panorama musical, e depois com estas situações é que se vê a verdade. Não somos sequer considerados uma classe de trabalho, porquê? Por causa disso, de não valorizarem o vosso trabalho. [...] Eu valorizo tudo. Eu quero respeito musical", partilhou. Veja o direto na íntegra:
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