Este fim de semana passou a circular nas redes sociais um vídeo que relata um alegado ataque homofóbico filmado durante uma viagem de comboio em Portugal. As imagens mostram uma mulher visivelmente alterada, que no meio de uma discussão com um jovem resolve insultá-lo tendo por base a sua orientação sexual.
O músico Agir não conseguiu ficar indiferente ao vídeo em questão e resolveu partilhá-lo na sua página de Instagram, juntamente com uma mensagem onde deixa clara a sua indignação.
"Por mais compreensível que se tente ser e por mais que saibamos que nem todos tiveram a mesmo educação, é-me impossível não sentir nojo e repúdio por alguém assim. Acho mesmo que uma pessoa destas é praticamente irrecuperável. Faz-me ver que, infelizmente, o mal existe mesmo. Esta pessoa tem maldade pura dentro dela. Pode até ser perigosa para os que a rodeiam. É imperativo chamar a polícia numa situação destas.
Em pleno séc. XXI isto é inaceitável. Imagens destas fazem-nos sair da nossa bolha e dão-nos um choque de realidade que nos abala por completo. No meu grupo de amigos ninguém pensa nem fala assim e, por isso, penso que as coisas já mudaram mas depois vejo isto e percebo que ainda há tanto, mas tanto por fazer.
Não são homens de saia que nos devem envergonhar mas sim seres humanos destes", terminou.
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Também Rita Pereira ficou incomodada e revoltada com a passividade de quem assistiu ao vivo ao alegado ataque.
"Como é que ninguém faz nada? Como é que ninguém se levanta e faz esta senhora entender que está errada, que não pode dizer estas coisas e que tem de acalmar-se, e que vai levar com uma queixa crime. Ficaram todos calmamente sentados nos seus lugares como se estivessem a ouvir a música ‘Garota de Ipanema’, típica de um qualquer elevador ou comboio… Não é possível!
Se calhar esta senhora está a ter um dia mau, aconteceu-lhe alguma coisa má e tudo mais, mas este rapaz não tem de passar por isto a vida toda só porque nasceu a gostar de uma pessoa do mesmo sexo.
Não podemos ser uauh, super a favor da LGBT e presenciarmos isto impávidos e serenos. Isso não é seres a favor da LGBT, isso é estares do lado desta senhora. Entendem-me? O silêncio faz com que também vocês sejam esta senhora", pode ler-se na sua partilha.
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