Rui Melo foi o entrevistado do programa 'Alta Definição' deste sábado, 11 de junho. Abrindo o coração, o ator falou sobre a morte repentina do pai e de como viveu o processo de luto.
"Ficam as boas recordações, porque temos tendência de esquecer as más, de guardar só o que é bom de guardar", começa por dizer, notando que ainda hoje gosta de ouvir o cante alentejano do pai.
Entretanto, confessa: "Claro que tenho saudades do meu pai, estranho seria não ter, mas isso não me traz uma dor profunda. Demorei a aceitar isso, demorei a apaziguar-me com a dor".
"O meu pai morreu com um AVC. Eu estava duas semanas de estrear um espetáculo no Porto, fui a Évora para o funeral, voltei para o Porto e fiz uma temporada de meses. De alguma forma, na minha cabeça, naquele período arrumei a morte. Depois quando voltei caiu-me em cima de forma violenta, foi duro", revela.
"Foi uma tareia, porque foi um choque de realidade. Tu arrumas aquilo ali na gaveta, como costumamos fazer com muitos dos nossos problemas, mas há uma altura em que começa a tremer, depois abres a gaveta e salta-te para cima", adianta, notando que se teve de adaptar a uma nova rotina sem o pai.
"Não foi uma obra divina, não há ninguém culpado, foi o corpo que deixou de funcionar e está tudo bem", completa.
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