Fernanda Antunes surpreendeu os jovens do grupo 'Pequenos Cantores da Maia' que cantaram 'Leva-me a Viajar', tema de Sara Carreira, no programa de Fátima Lopes. Entre os pequenos estava Mariia Lapino, uma jovem ucraniana de 13 anos que fugiu da guerra e que é fã da falecida cantora.
"O que é que significa para ti - que eu não pensei que fosse possível - uma jovem que chega ao nosso país, de 13 anos, não fala nada em português, mas desde cedo que quando a tia lhe mandou umas músicas da Sara ela quis começar a aprender. E a verdade é que ela não sabe português, mas sabe as músicas", começou por questionar Fátima Lopes em conversa com Fernanda.
"Acredito que pela música é capaz de ser um bocadinho mais fácil. [...] E fico muito feliz que sejam as músicas da minha filha que possam fazer isto. Não é fácil eu estar aqui, vocês sabem que eu [nunca o faço], e é mais difícil ainda hoje pela situação em si. Mas fico muito contente que a menina possa cantar e para mim é muito importante que as pessoas possam recordar a minha filha além fronteiras. Gostava mesmo que houvesse a possibilidade e eu sei que sim. Tenho a certeza que vai acontecer, que vai ficar eterna", começou por dizer Fernanda Antunes.
"Ela não teve tempo suficiente para divulgar as músicas dela, para mostrar o talento que tinha, que tinha muito talento e eu tinha a certeza que ia ser uma grande artista. Cabe-me a mim agora, como mãe, levar as músicas dela, levar a minha filha a Portugal inteiro e além fronteiras", acrescentou.
De recordar que Sara Carreira morreu num trágico acidente em dezembro de 2020, aos 21 anos. A jovem cantora é a filha mais nova de Tony Carreira e Fernanda Antunes, que são também pais de Mickael e David Carreira.
Meses após a partida da jovem artista, a família criou a Associação Sara Carreira para homenageá-la e ajudar jovens a seguirem os seus sonhos.
"A Associação só foi possível [por causa da] minha filha. A minha filha é que faz a diferença, não somos nós, não sou eu, não é o Tony, não são os meus filhos, não são as outras pessoas. A minha filha é, era, uma pessoa muito especial. Era a pessoa mais bondoso, era única, generosa, não era materialista, era uma menina incrível, a melhor filha que possa existir. Tive a melhor filha. Sei que as outras mães vão pensar o mesmo, e é normal, mas eu tive uma filha exemplar. Por isso, quero que ela seja sempre lembrada e vou trabalhar nisso durante o tempo em que estiver cá para que nunca se esqueçam da minha filha, não vou permitir, não vou deixar", frisou.
"Estes miúdos têm dificuldades financeiras e também têm de ter talento e vontade. Há este enquadramento da minha filha que é ser simpático, bondoso, e gostava que com o tempo, daqui por alguns anos, estes miúdos possam um dia também integrar a associação e ficarem responsáveis por dar continuidade. Não vou estar cá [para sempre] e, confesso, espero não estar cá muito mais tempo - quer dizer, para os meus filhos eu sei que é importante...", continuou.
De seguida, após a atuação do grupo, a jovem Mariia juntou-se a Fátima Lopes e Fernanda Antunes e disse algumas palavras à mãe de Sara Carreira.
Com a ajuda da tia a traduzir, disse: "Ela tem muita pena do que aconteceu, ela gostava muito da Sara e ficou apaixonada pelas músicas. Desde há muito tempo que ela canta as músicas da Sara".
Por sua vez, Fernanda reagiu: "Espero que ela cante as músicas da Sara para sempre e que possa aprender muito e que possa ajudá-la".
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