Anitta sobre críticas: "Se não me quiserem reconhecer, não há problema"
A artista brasileira lembrou ainda a história de Carmen Miranda.
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Anitta não ficou indiferente a um comentário feito pelo jornalista André Carvalho Ramos, da CNN, acerca da forma como os meios de comunicação a vêem
"Porque haverá tanto escárnio em torno de Anitta? Ainda antes do concerto, um repórter em direto passava em revista os artistas que iam tocar nesse dia. De todos - todos homens - elencou um conjunto de sucessos profissionais. Sobre Anitta - mulher - reduziu-a a uma artista que tinha perdido a bagagem com a roupa para o concerto, mas pouco importava porque usava pouca roupa em palco", sublinha.
"Anitta está a ser criticada por ter defendido a Amazónia. Também defende os direitos das mulheres, os direitos LGBT e outros mais. Mas o que importa isso ao lado de uma bandeira que segurou durante breves instantes? 'É burra, não foi às aulas', li por aí. Ao mesmo tempo criou um império de sucesso, sendo uma das brasileiras com maior projeção internacional.
Além disso, faz - e bem - aquilo que bem entende com o seu corpo. Cresceu por conta própria numa dimensão que pode inspirar tantos outros que hoje ouvem funk da e na favela. Mas, para o tal repórter e outros que tais, é apenas alguém que usa pouca roupa. Até quando vamos continuar com este discurso impune?", questiona.
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Anitta partilhou tal comentário nas stories da sua conta de Instagram, deixando ela mesmo uma apreciação sobre o assunto.
"Li esse texto e resolvi responder aqui. Por que? Porque tudo que estimula mudança ou evolução incomoda (qualquer tipo de mudança). Até quando?
(Ele pergunta) até quando eu morrer, claro. Aconteceu igual a rainha Carmen Miranda (aliás, perfeita junção de Portugal e Brasil, mas hoje em dia apenas, pois na época ela era ‘vergonha nacional’). Carmen não aceitava se submeter a ser o que o povo queria para ser amada. Ela queria revolucionar e ser ela mesma sem ‘papinho furado’.
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Carmen foi crucial para a cultura durante tempos de guerra. Lutou, batalhou, revolucionou. Mas faleceu triste pois não teve o reconhecimento merecido. E isso aprendi com minha musa. Se não me quiser me reconhecer, tem problema não. Eu mesma me darei meus merecidos créditos. E quem disse que estou me achando? Está coberto de razão. Mas a humildade sempre prevalecerá.
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Ah… e se algum fã argentino um dia quiser levar a bandeira de seu país para algum show meu no Brasil, por exemplo, não terei problema algum em pegar a bandeira argentina em solo brasileiro como agradecimento por ter viajado a outro país para me ver cantar. A minha música é feita para unir. O meu show nunca vai ser um palco que apresenta rivalidade.
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