Natalina José: "Alcoolizado, o meu pai batia por qualquer motivo"
A atriz foi uma das personalidades a dar o seu testemunho a propósito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra Mulheres.
© Fotografia / Associação Cultural Sonhos em Cena
Fama Natalina José
Natalina José foi uma das personalidades que quis dar o seu testemunho no programa 'Júlia' de hoje, lembrando a infância marcada pela violência doméstica de que a mãe era vítima.
A atriz, de 84 anos, conta que foi viver com uma tia aos três anos de idade, apesar de ser vizinha dos pais, não perdendo, portanto, a proximidade com as irmãs.
Natalina revela que o pai, sem álcool, "era uma pessoa normal, um homem simpático e muito bonito". No entanto, "dia sim, dia sim estava alcoolizado e batia por qualquer motivo", lamenta.
"A minha mãe foi uma pessoa infeliz, sofrida, e eu ainda hoje tenho muita pena porque não podíamos fazer nada. Assistíamos àquilo e fugíamos", recorda, notando que os vizinhos sabiam do que passava, mas que na altura a regra que imperava era "entre marido e mulher não se mete a colher".
Natalina explica que com a chegada da II Guerra Mundial a situação familiar piorou, pelo que a comida era mais modesta, menos para o pai que tinha de ter sempre alimentos melhores. "O meu pai tinha de ter comida boa, se não já havia pancadaria. A minha mãe tinha de ganhar dinheiro para comermos açorda com ovos e ele carne", refere.
Já no final, Natalina deixou uma mensagem a todas as mulheres e homens que estejam a viver uma situação de violência doméstica: que recorram às autoridades e denunciem.
"É um trauma que fica para toda a vida", termina.
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