Constantino, o último rei da Grécia, morreu esta terça-feira, 10 de janeiro. Tinha 82 anos.
Segundo a imprensa espanhola, o irmão de Sofía de Espanha e da princesa Irene da Grécia, estava a passar por graves problemas de saúde, tendo estado os últimos dias internado nos cuidados intensivos do hospital Hygeia, em Atenas.
No Dia de Reis, avança o La Vanguardia, Constantino sofreu um acidente Acidente Vascular Cerebral Isquémico.
Ao pé do antigo soberano da Grécia nos seus últimos momentos esteve a esposa, Ana Maria, princesa da Dinamarca, os seus filhos - Alexia, Pablo, Nicolás, Philippos e Teodora - e ainda as irmãs, Sofía de Espanha e a princesa Irene.
A história de Constantino
Descendente da família real Schleswig-Holstein-Glücksburg, Constantino era primo do rei britânico Carlos III e padrinho do seu filho William. Era também irmão de Sofía, a mãe do rei Felipe VI, de Espanha.
A monarquia na Grécia foi abolida por referendo em 1974, acabando com a dinastia instaurada em 1863 pelo bisavô de Constantino II, Georges I.
Constantino II tinha acedido ao trono com 23 anos, em 1964, em um dos períodos mais agitados da história contemporânea grega.
As crises políticas de então criaram um terreno favorável a um golpe de Estado, designado dos coronéis, em abril de 1967, e aos sete anos da junta que a CIA foi acusada de apoiar.
Segundo documentos diplomáticos dos EUA divulgados mais tarde, Constantino tentou impor a lei marcial em 1967 para evitar o regresso de Georges Papandréou, ou do filho socialista Andréas, eleito primeiro-ministro 15 anos mais tarde.
Abandonou o país em 1968 e viveu em Londres durante 40 anos, antes de regressar à Grécia em 2013.
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